SEUL - O Governo de Seul convidou nesta quarta-feira, 8, Pyongyang a enviar oficiais à Coreia do Sul para confirmar que quatro norte-coreanos,que cruzaram de barco a fronteira entre os países em fevereiro, querem solicitar asilo no Sul.
Segundo a agência sul-coreana "Yonhap", a proposta é o regime comunista de Pyongyang confirmar que os norte-coreanos, duas mulheres e dois homens, têm a intenção de desertar.
O comando das Nações Unidas, encarregado de supervisionar o armistício com o qual chegou ao fim a Guerra da Coreia (1950-53), já verificou a intenção de deserção dos cidadãos norte-coreanos, segundo um porta-voz da Casa Presidencial sul-coreana.
A mesma fonte indicou que Seul não acederá à reivindicação norte-coreana para os cidadãos, que viajavam junto com outras 27 pessoas, encontrarem suas famílias durante uma reunião organizada pela Cruz Vermelha dos dois países.
Pyongyang tinha exigido que os norte-coreanos transmitissem diretamente a seus familiares a intenção de desertar, mas a Coreia do Sul teme que possam ser vítimas de chantagem ou coação.
Os quatro norte-coreanos faziam parte de um grupo de 31 trabalhadores (11 homens e 20 mulheres) que no início de fevereiro chegou à ilha sul-coreana fronteiriça de Yeonpyeong, no Mar Amarelo, supostamente desorientado pelo nevoeiro na região.
Na última sexta-feira,4, o regime da Coreia do Norte rejeitou o retorno dos outros 27 ocupantes da embarcação, por reivindicar que os 31 passageiros voltem juntos.