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Sírio agredido por cinegrafista na Hungria recebe asilo e está morando na Espanha

Mohsen teve sua imagem replicada pelo mundo quando tentava fugir de um cerco policial com o filho no colo na fronteira com a Sérvia e levou uma rasteira de Petra Laszlo 

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Mohsen com o filho Zaid no colo e o filho mais velho, Mohammad Foto: Andrea Comas/Reuters

MADRI - O refugiado sírio Osama Abdul Mohsen, agredido pela cinegrafista húngara Petra Laszlo na fronteira da Hungria com a Sérvia, amanheceu nesta quinta-feira, 17, em sua nova casa, em Getafe, Espanha. Ele chegou ao país na quarta-feira e recebeu asilo após aceitar a oferta de trabalho feita pela Escola Nacional de Treinadores de Futebol (Cenafe). 

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Acompanhado do filho mais novo, Zaid, de 7 anos, e integrantes da escola, Mohsen viajou desde Munique, na Alemanha, e desembarcou no fim da noite de quarta na estação de Atocha, em Madri. Visivelmente emocionado ao descer do trem, Mohsen agradeceu à Espanha pela oportunidade, repetindo várias vezes a frase "Eu amo a Espanha".

Mohsen teve a sua imagem replicada em fotos e vídeos após ter levado uma rasteira da cinegrafista húngara e cair no chão quando tentava escapar do cerco policial com o filho nos braços na cidade de Röskze, na fronteira com a Sérvia. A mulher e outros dois filhos dele continuam na Turquia.

Após a divulgação das imagens, a Cenafe ofereceu ao sírio uma oferta de trabalho como treinador em Getafe e, com isso, uma oportunidade de morar na Espanha. Mohsen treinou clubes da primeira divisão síria. 

Um dos alunos da escola que acompanhou Mohsen no trajeto entre Alemanha e Espanha disse que ele está muito feliz pela chance de começar uma nova vida e espera levar a mulher e filhos para o país o mais rápido possível.

A Espanha se comprometeu a receber mais de 17 mil refugiados dos milhares que chegam desde janeiro à Europa, fugindo principalmente do conflito sírio e da ameaça do Estado Islâmico (EI). /AFP e EFE

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