O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou nesta terça-feira, 3, que os soldados americanos pagarão o preço das reservas do Congresso a aprovar incondicionalmente o projeto de lei de gastos suplementares para a Guerra do Iraque. A declaração vêm à tona um dia depois do líder da maioria no Senado, Harry Reid, anunciar que tentaria cortar as verbas para as tropas do Iraque e do Afeganistão se o presidente rejeitasse a proposta do Congresso para definir um prazo de retirada das tropas. Os congressistas estão "mais interessados nas batalhas políticas em Washington do que em proporcionar às nossas tropas o que elas necessitam", disse o presidente em declarações à imprensa no Jardim da Casa Branca. A proposta aprovaria US$ 96 bilhões para os militares nos dois países, mas, em contrapartida, limitaria a retirada das tropas até setembro de 2008. Contudo, Bush reiterou, nesta terça-feira, sua disposição em vetar as propostas dos democratas que, segundo afirmou, atrasarão o retorno dos soldados americanos para casa e farão com que muitos outros tenham que ir ao Iraque antes do previsto. Na coletiva de imprensa, o presidente americano também fez duras críticas à Câmara dos Representantes (Deputados), de maioria democrata. Bush afirmou que a viagem da líder da câmara, Nancy Pelosi, à Síria prejudica os esforços dos EUA para isolar o presidente sírio, Bashar al-Assad. O governo de Damasco é acusado de se envolver em assuntos internos do Líbano e do Iraque, e de tolerar e até fomentar as atividades terroristas nestes países. Matéria ampliada às 12h30 para acréscimo de informações