O escritor e dissidente da era soviética Alexander Soljenítsin foi enterrado ontem no cemitério de um monastério do século 16 em Moscou. Soljenítsin morreu domingo aos 89 anos de insuficiência cardíaca. Centenas de pessoas, entre elas várias personalidades russas, foram ao enterro, que teve guarda de honra, banda militar e salva de tiros. O presidente Dmitri Medvedev encurtou suas férias para ir à cerimônia e depositou uma coroa de flores sobre o túmulo do prêmio Nobel de Literatura (foto). Soljenítsin ficou mundialmente conhecido pelo livro ?Arquipélago Gulag?, publicado em 1962, no qual denunciou os campos de concentração criados por Josef Stalin, onde condenados e dissidentes políticos trabalhavam como escravos, muitos até morrer.