A Suíça anunciou nesta quarta-feira que imporá sanções à Coréia do Norte na mesma linha da resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU, devido aos testes nucleares feitos por Pyongyang em 9 de outubro. O Conselho Federal (Executivo) adotou nesta quarta-feira essas medidas que afetarão a partir de amanhã a importação e a exportação de bens e material tecnológico e militar que o regime norte-coreano poderia usar para seus programas de mísseis e armamento nuclear, afirmou o Ministério da Economia suíço em comunicado. Entre os bens afetados estão o abastecimento, venda e trânsito de carros de combate, veículos blindados de combate, sistemas de artilharia de grosso calibre, aviões de combate, helicópteros de ataque, navios de guerra e lançadores de mísseis, assim como suas peças de substituição e acessórios. A Suíça já tinha decretado um embargo sobre a venda de armas a Pyongyang, mas autorizava um volume restrito e controlado de exportações de bens de duplo uso, com valor de mais de 500.000 francos (322.000 euros) anuais desde 1998. Segundo a decisão do governo suíço, também fica proibida a venda de produtos de luxo à Coréia do Norte, como o Conselho de Segurança da ONU indicou em sua resolução, mas os artigos ainda não foram determinados. No entanto, o Ministério da Economia suíço divulgou uma lista provisória desse tipo de produto nos quais estão incluídos caviar, vinhos, jóias, relógios e objetos de arte. Além disso, as autoridades suíças bloquearam recursos econômicos de pessoas, empresas e organizações que contribuem para o desenvolvimento e a construção de armas de destruição em massa e mísseis norte-coreanos. O governo da Suíça decidiu também proibir a entrada e o trânsito em seu território de determinadas personalidades da Coréia do Norte, mas afirmou que a lista das pessoas afetadas será divulgada quando a ONU fizer o mesmo com sua lista que está para ser elaborada. A resolução 1.718 do Conselho de Segurança da ONU, estipulada por unanimidade em 14 de outubro, prevê a imposição de sanções a Pyongyang devido a seus testes com mísseis nucleares realizados em outubro, e pede que a Coréia do Norte paralise qualquer atividade vinculada ao desenvolvimento de seu programa nuclear. A decisão da Suíça acontece depois das adotadas por outros países, como Austrália e Japão.