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Suspeito de planejar matar Trump na Flórida é acusado de porte ilegal de armas em primeira audiência

Ryan Wesley Routh, de 58 anos, foi acusado por porte ilegal de uma arma de fogo e porte de uma arma com o número de série apagado

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O suspeito de ter tentado assassinar o ex-presidente americano Donald Trump, atual candidato republicano à Casa Branca, foi acusado, nesta segunda-feira, 16, de porte ilegal de armas, em sua primeira audiência perante um juiz federal no estado da Flórida.

Ryan Wesley Routh, de 58 anos, foi acusado por porte ilegal de uma arma de fogo e porte de uma arma com o número de série apagado.

O FBI está investigando um tiroteio no clube de golfe do candidato como uma aparente tentativa de assassinato.

Trump acena para eleitores em Las Vegas, no sábado Foto: Alex Brandon/AP

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O suspeito pareceu apontar o fuzil por trás de uma cerca, quando os agentes próximos notaram a movimentação e atiraram, informou a policia. Uma arma estilo AK-47 foi recuperada no local.

Routh fugiu após o tiroteio, mas foi detido a cerca de 72 quilômetros quando dirigia para o norte na I-95, principal rodovia interestadual norte-sul da Costa Leste dos Estados Unidos, e cruzou do Condado de Palm Beach para o Condado de Martin. Parte da rodovia segue fechadas pelos agentes federais.

Trump escreveu que está “seguro e bem”, acrescentando que nunca se renderá. “Houve tiros na minha proximidade, mas antes que rumores comecem a se espalhar descontroladamente, eu queria que você ouvisse isso primeiro: Eu estou seguro e bem” “Nada vai me parar. Eu nunca vou me render!”.

Trump associa episódio a democratas

Trump afirmou nesta segunda-feira que a “linguagem inflamatória” dos democratas provocou o episódio, a segunda em pouco mais de dois meses. Em entrevista à Fox News, Trump instou seus rivais a moderarem sua retórica, mesmo enquanto os chamava de “inimigo interno” e “a verdadeira ameaça”.

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Biden e a vice Kamala Harris, candidata democrata à Casa Branca, condenaram imediatamente o episódio no domingo, dizendo que não há espaço para violência na política. Após as acusações de Trump, Biden reiterou ontem sua oposição à retórica da violência. “Sempre condenei a violência política. Sempre o farei”, disse Biden na Filadélfia. O presidente ressaltou que os americanos resolvem suas diferenças “pacificamente nas urnas, não com armas”.

Mais tarde, em uma postagem nas redes sociais, Trump tentou vincular tanto o incidente de domingo quanto o atentado de 13 de julho, no qual ele foi ferido na orelha, a declarações feitas por Kamala sobre os quatro processos criminais que ele enfrenta.

As autoridades ainda não apresentaram possíveis motivações do suspeito, que foi preso após fugir do campo de golfe. Mas Trump disse à Fox News ontem que o atirador “acreditou na retórica de Biden e Kamala, e agiu com base nela”.

O republicano – que frequentemente usa linguagem violenta e cujas mentiras recorrentes sobre a eleição de 2020 levaram alguns de seus apoiadores a atacar o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 – previu um aumento na violência política em sua postagem online, dizendo: “Por causa dessa retórica da esquerda comunista, as balas estão voando, e só vai piorar!”.

Suas declarações surgem à medida que ele também tem expressado suspeitas crescentes sobre o atentado no comício em Butler, Pensilvânia, em julho, na qual um participante foi morto, dois outros ficaram gravemente feridos.

Oficiais ainda tentam esclarecer os motivos do atirador na Pensilvânia, que foi morto por agentes do Serviço Secreto. Mas Trump recentemente apontou para Biden e Kamala. Durante seu debate com a candidata democrata, ele disse que “provavelmente levou um tiro na cabeça por causa das coisas que eles (democratas) dizem sobre mim”./AFP

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