JACARTA - Pelo menos três pessoas morreram e 24 ficaram feridas depois que um terremoto de magnitude 6,2 atingiu a ilha de Sulawesi, na Indonésia, disse a agência de mitigação de desastres do país em um comunicado na sexta-feira, 15 (horário local, quinta-feira, 14, no Brasil).
O epicentro do terremoto foi a seis quilômetros a nordeste de Majene, a uma profundidade de 10 quilômetros. Milhares de residentes fugiram de suas casas em busca de segurança após o terremoto, disse o comunicado. A agência de mitigação de desastres disse que um hotel e o gabinete do governador foram severamente danificados.
Autoridades indonésias disseram que ainda estão coletando informações de áreas devastadas.
Em um vídeo divulgado pela Agência Nacional de Mitigação de Desastres, uma menina presa nos destroços de uma casa grita por ajuda e diz que sua mãe está viva, mas não consegue se mexer. “Por favor, me ajudem, está doendo”, disse a garota à equipe de resgate, que usa uma escavadeira para salvá-las.
As emissoras de TV relataram que o terremoto danificou parte de um hospital, forçando a transferência de pacientes para uma barraca de emergência.
Outro vídeo mostra um pai chorando e pedindo ajuda às pessoas para salvar seus filhos, enterrados sob toneladas de escombros de sua casa. "Meus filhos lá...eles estão presos lá dentro, por favor ajude", grita o homem em pânico.
Cerca de 2 mil pessoas deslocadas foram levadas a vários abrigos temporários. Pelo menos 62 casas, um centro de saúde público e um escritório militar foram danificados em Mamuju e deslizamentos de terra ocorreram em três locais e bloquearam uma estrada principal que conectava Mamuju ao distrito de Majene, disse Raditya Jati, porta-voz da agência de desastres.
Na quinta-feira, um terremoto de magnitude 5,9 atingiu o fundo do mar na mesma região, danificando várias casas, mas sem causar vítimas aparentes.
A Indonésia, um vasto arquipélago de 260 milhões de habitantes, é freqüentemente atingida por terremotos, erupções vulcânicas e tsunamis por causa de sua localização no "Anel de Fogo", um arco de vulcões e falhas geológicas na Bacia do Pacífico. /REUTERS e AP