Tiroteio em escola cristã deixa 6 mortos no Paquistão

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Por Agencia Estado
Atualização:

Homens mascarados abriram fogo no campus de uma escola cristã da cidade paquistanesa de Murree, localizada a cerca de 60 quilômetros a nordeste de Islamabad, matando pelo menos seis pessoas e ferindo outras duas. Autoridades paquistanesas acreditam que o ataque possa ter sido o último de uma série de incidentes violentos dirigidos contra interesses ocidentais no Paquistão devido ao apoio do governo local à guerra contra o terrorismo. Nenhum dos cerca de 150 estudantes - incluindo 30 americanos - e professores - a maioria formada por britânicos - foi atingido no ataque, que ocorreu às 11h20 (horário local) de hoje na Escola Cristã de Murree. De acordo com a polícia, morreram no ataque dois guardas de segurança, um recepcionista, um cozinheiro, um carpinteiro e um transeunte. Cerca de quatro homens carregando mochilas se aproximaram da guarita da escola, retiraram as armas - rifles Kalashnikov - e abriram fogo, matando, num primeiro momento, os guardas de segurança. Um outro guarda respondeu aos tiros, dando início a um tiroteio dentro do campus escolar. Antes de fugirem, os atacantes mataram o cozinheiro e o carpinteiro, que tentavam se esconder. Depois, atingiram o transeunte. Segundo o diretor da escola, o australiano Russel Morton, a instituição, que forma missionários cristãos para o Sul da Ásia, nunca recebeu ameaça de ataque desde sua fundação, em 1956. No entanto, o chefe de polícia local, Moravet Shah, disse ter alertado a direção da escola há algumas semanas sobre a possibilidade de um ataque devido à sua ligação religiosa e à sua identificação como instituição estrangeira. Depois do aviso, segundo Shah, a instituição aumentou a segurança no local. Em Islamabad, o Ministério do Interior informou ainda não ter informação sobre a identidade ou os motivos dos atacantes. Entretanto, um policial encontrou no local do massacre uma nota expressando "ressentimento contra ações de forças estrangeiras", presumivelmente os Estados Unidos. O policial falou na condição de anonimato.

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