Tropas israelenses prendem suspeitos em Jenin e Belém

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Soldados israelenses vasculharam Jenin e detiveram suspeitos em Belém, nesta terça-feira, terceiro dia consecutivo de operações na Cisjordânia. Um palestino foi assassinado em Jenin. No entanto, um funcionário do alto escalão do governo israelense negou que o Exército judeu esteja promovendo uma nova ofensiva contra cidades palestinas, apesar da recente onda de atentados suicidas, quase diários, reivindicados por uma milícia ligada à Fatah, facção política liderada por Yasser Arafat. Na noite de hoje, tropas israelenses entraram em Beitunia, um bairro da cidade cisjordaniana de Ramallah, disseram palestinos. A casa de um líder do Hamas foi cercada. No entanto, o líder procurado Hassan Yussuf não estava em casa. O Exército israelense não comentou o incidente. Na madrugada desta terça-feira, um motorista israelense morreu e outro ficou ferido em uma emboscada armada nos arredores do assentamento judaico de Ofra, disse o porta-voz do serviço de resgate, Yeruham Mandola. Militantes palestinos são suspeitos pelo ataque. A mais recente operação israelense na Cisjordânia foi realizada depois de um palestino ter detonado, ontem, os explosivos atados a seu corpo em uma cafeteria lotada nos arredores de Tel Aviv. Além do homem-bomba, morreram também Ruth Peled, de 56 anos, e sua neta Sinai Kenaan, de um ano e meio. O Exército israelense entrou hoje no campo de refugiados de Jenin. Houve troca de tiros com militantes armados. Um civil palestino de 55 anos foi baleado na perna quando saia de casa para ver o que estava acontecendo. Quando era socorrido, soldados israelenses abriram fogo contra a ambulância que levava o homem ferido, denunciaram testemunhas. "Quando pudemos levá-lo ao hospital, ele já estava morto", lamentou Ibrahim Dabaneh, diretor do serviço de emergência da cidade. O Exército judeu está checando a acusação. Em outro desdobramento, Israel lançou ao espaço o satélite de espionagem Ofek-5, demonstrando sua avançada capacidade de lançamento de mísseis e restaurando um "olho militar" na órbita da Terra depois de seu último satélite militar ter sido tirado de serviço há aproximadamente um ano. Yarden Vatikay, porta-voz do Ministério da Defesa de Israel, confirmou que o satélite foi enviado à órbita a partir de uma base da força aérea situada no litoral israelense. O satélite foi lançado em um míssil Shavit, produzido nos mesmos moldes dos mísseis terra-terra Jericó. Especialistas estrangeiros garantem que o Jericó é capaz de transportar uma ogiva nuclear. Oficiais israelenses não comentam o assunto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para cadastrados.