Trump diz que palestinos não têm escolha a não ser deixar Faixa de Gaza após destruição da guerra

Presidente republicano afirmou que enclave é agora uma ‘pilha de escombros’ e sugeriu que Egito e Jordânia recebessem refugiados palestinos

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Por Redação
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O presidente americano Donald Trump afirmou nesta terça-feira, 4, que os palestinos não têm escolha a não ser deixar a Faixa de Gaza devido à destruição causada pela guerra e sugeriu que a Jordânia e o Egito pudessem receber os moradores do enclave.

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“Eles não têm alternativa agora”, disse. “Quero dizer, eles estão lá porque não têm alternativa. O que eles têm? É uma grande pilha de escombros agora”, declarou o presidente republicano para jornalistas na Casa Branca.

Trump disse que queria que o Egito e a Jordânia recebessem os moradores de Gaza e sugeriu que eles recebessem uma nova pátria. Mas ao que se sabe diante das negociações desde o início da guerra, nem o Egito nem a Jordânia deram sinais de que querem receber refugiados palestinos devido ao temor de instabilidade.

Donald Trump conversa com jornalistas na Casa Branca. Foto: AP Photo/Evan Vucci

“Se pudéssemos encontrar o pedaço certo de terra, ou vários pedaços de terra, e construir alguns lugares realmente bons com muito dinheiro na área, isso é certo”, afirmou o republicano. “Acho que seria muito melhor do que voltar para Gaza.”

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Da mesma forma, não está claro se os moradores de Gaza gostariam de deixar o enclave pelo qual lutaram contra Israel por tantos anos.

“Não sei como eles poderiam querer ficar. É um local de demolição. É um local de demolição puro. Se pudéssemos encontrar o pedaço certo de terra, ou vários pedaços de terra, e construir para eles alguns lugares realmente bons com muito dinheiro na área, isso é certo. Acho que seria muito melhor do que voltar para Gaza”, disse Trump.

As declarações do presidente americano surgiram pouco antes do seu encontro com o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, a primeira reunião de Trump com um líder internacional na Casa Branca desde que ele assumiu a presidência.

Os dois devem discutir as negociações para a segunda fase do frágil cessar-fogo com o Hamas, os esforços do Irã para construir uma arma nuclear, novos carregamentos de armas e as esperanças de um acordo para normalizar as relações com a Arábia Saudita.

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Trump retirou nesta terça-feira os Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos da ONU e da UNRWA, a agência que apoia os palestinos.

“Sempre senti que a ONU tem um potencial tremendo e não está correspondendo a esse potencial agora”, disse Trump quando assinou a ordem executiva no Salão Oval.

Pressão máxima sob o Irã

Também nesta terça-feira, Trump assinou na Casa Branca um memorando destinado a impor novas sanções ao Irã. Ele disse que quer exercer “pressão máxima” sobre o Teerã, apontando em particular ao seu programa nuclear.

Para jornalistas na Casa Branca, ele disse que que deixou “instruções” de que se o Irã o assassinasse, o inimigo dos EUA “seria destruído”.

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“Se eles fizessem isso, seriam obliterados”, disse Trump. “Deixei instruções: se eles fizerem isso, serão obliterados, não sobrará nada.”

O Departamento de Justiça anunciou em acusações federais em novembro que uma conspiração iraniana para matar Trump antes da eleição presidencial havia sido frustrada.

O departamento alegou que autoridades iranianas instruíram Farhad Shakeri, 51, em setembro a se concentrar em vigiar e, finalmente, assassinar Trump. Shakeri ainda está foragido no Irã./NYT e AP.

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