O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer que a Jordânia, o Egito e outras nações árabes recebam um número maior de refugiados palestinos vindos da Faixa de Gaza. “Estamos falando de talvez 1,5 milhão de pessoas, e nós apenas limpamos tudo isso. Não sei. Algo tem que acontecer, mas é literalmente um local de demolição neste momento”, afirmou Trump.
O republicano revelou seus planos em entrevista coletiva neste sábado, 25. Ele também afirmou ter revertido a ordem de proibição do ex-presidente Joe Biden sobre o envio de bombas para Israel.
A determinação tinha o objetivo de reduzir as baixas civis durante a guerra. “Nós as liberamos hoje”, disse Trump. “Eles estavam esperando por elas há muito tempo.” Questionado sobre o motivo de ter retirado a proibição, “porque eles as compraram” foi a justificativa.

Plano
Trump comparou a Faixa de Gaza a um “local de demolição” e afirmou ter conversado com o rei Abdullah II, da Jordânia, e que falaria no domingo, 26, com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi pedindo para que eles deem as boas-vindas à população palestina em seus países.
“Gostaria de ver o Egito acolher pessoas e gostaria de ver a Jordânia acolher pessoas”, disse o presidente dos EUA, indicando que a saída de palestinos para esses países pode ser “temporária ou de longo prazo”. A maioria dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza foi deslocada devido à guerra na Faixa de Gaza.
O comentário de Trump sobre a Faixa de Gaza vêm um dia antes do início da segunda semana da trégua entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

No sábado, 25, o grupo terrorista libertou quatro reféns israelenses em troca de 200 detidos palestinos como parte do acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor em 19 de janeiro.
Foi a segunda troca desse tipo entre Israel e o grupo terrorista, mas uma disputa de última hora impediu o retorno das centenas de palestinos deslocados ao norte devastado da faixa.
Saiba mais
Israel anunciou que bloquearia a entrada de palestinos até que Arbel Yehud, uma refém civil, seja libertada. Uma fonte do Hamas disse à AFP que a mulher faz “parte da terceira troca programada para o próximo sábado”, dia 1º de fevereiro. /Com informações de The New York Times, AFP e AP