THE NEW YORK TIMES - O novo governo americano, que toma posse na segunda-feira, 20, pretende realizar operações de imigração “pós-posse” em Chicago na próxima semana, segundo duas pessoas familiarizadas com o planejamento e de acordo com documento analisado pelo The New York Times. Essa seria a primeira etapa no objetivo do presidente eleito, Donald Trump, de supervisionar a maior operação de deportação da história dos Estados Unidos.
O plano, denominado “Operação Salvaguarda” pelo Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês), começaria na terça-feira, um dia após a posse de Trump, e duraria até a segunda-feira seguinte, de acordo com as fontes e o documento. No entanto, as datas ainda estão sendo analisadas e podem ser alteradas.
A dimensão da operação planejada não está clara. O ICE realiza rotineiramente deportações em cidades de todo o país, mas a agência está tomando medidas adicionais para intensificar a aplicação da lei durante essa operação, vinculando-a à posse de Trump, em uma mensagem enviada ao pessoal de toda a agência.

Centenas de agentes foram convidados a se voluntariar e participar da operação “pós-posse”, que tem como alvo imigrantes que estão ilegalmente nos Estados Unidos. O ICE planeja enviar cerca de 150 agentes para Chicago como parte das ações.
O novo governo está ansioso para encontrar maneiras de enviar a mensagem de que está reprimindo imigrantes indocumentados e punindo as chamadas “cidades santuário” — comunidades como Chicago, que se recusam a entregar imigrantes detidos pela polícia às autoridades federais de imigração.
Don Terry, porta-voz da polícia de Chicago, afirmou que o departamento não “intervirá ou interferirá em outras agências governamentais no desempenho de suas funções”, mas ressaltou que “não documenta o status imigratório” e “não compartilhará informações com as autoridades federais de imigração”.
As operações planejadas foram reportadas anteriormente pelo The Wall Street Journal.
Tom Homan, escolhido por Trump para supervisionar as prometidas deportações em massa, afirmou que a população deve esperar ações imigratórias nos primeiros dias da presidência de Trump que causem “choque e pavor”.
Trump prometeu realizar deportações em massa que visam milhões de imigrantes não autorizados nos Estados Unidos. Homan declarou que o governo não hesitará em deportar pais que estejam ilegalmente no país, mesmo que tenham filhos nascidos nos EUA.
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A equipe de Trump também planeja realocar outros agentes federais e autorizar policiais locais e membros da Guarda Nacional, voluntariamente cedidos por Estados liderados por republicanos, para ajudar nos esforços de deportação.
Homan tem tentado chamar atenção para as chamadas cidades santuário. Em novembro, ele sugeriu que aumentaria o número de agentes federais de imigração nessas áreas.
“Nova York, Chicago, São Francisco, Los Angeles, as principais cidades deste país ainda são cidades santuário”, disse Homan na ocasião, acrescentando: “Se elas não vão nos ajudar, então vamos simplesmente dobrar o número de agentes nessas cidades”.
No entanto, os planos para deportar milhões de imigrantes indocumentados ainda enfrentam enormes desafios financeiros e logísticos. Nas últimas semanas, Trump e seus funcionários de imigração disseram que as operações de imigração inicialmente visariam aqueles com antecedentes criminais.
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