O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do Equador desafiou que alguém prove a suposta fraude nas eleições gerais de domingo, denunciada por candidatos à Presidência e grupos sociais. O presidente do TSE, Xavier Cazar, ameaçou punir quem promover distúrbios e insistir ao caos no país, com denúncias, segundo disse, "infundadas e carentes de base jurídica". Cazar, em entrevista coletiva na sede do TSE, cercada por dezenas de manifestantes, disse que as sanções podem incluir penas de prisão. Ele admitiu, no entanto, que podem ter acontecido "problemas menores" e que um dos principais motivos das denúncias e protestos foi a suspensão da apuração rápida de votos, para a qual havia sido contratada a empresa brasileira E-vote. O TSE iniciou os trâmites para rescindir o contrato. Cazar disse que vai cobrar uma multa de US$ 250 mil à firma brasileira, e que posteriormente apresentará uma ação judicial por danos e prejuízos. "Convocamos os cidadãos a manter a calma, já que o processo eleitoral está se desenvolvendo de uma forma transparente", afirmou Cazar. Ele desmentiu a notícia de sua renúncia, divulgada por uma emissora de rádio. Cazar tem sido criticado pelo contrato com a empresa brasileira, que devia ter anunciado o resultado das eleições na noite de domingo. Na madrugada de segunda-feira, porém, a apuração foi suspensa por causa de uma "queda no sistema". A fraude, segundo Cazar, só pode existir "na imaginação de quem pensa nisso" e comentou que "a palavra fraude é muito delicada e terá de ser comprovada por aqueles que, sem base jurídica, estão falando nela".