PEQUIM - O tufão Soudelor, o mais forte registrado em 2015, deixou pelo menos 23 mortos - 9 pessoas ainda estão desaparecidas - depois de causar temporais e fortes rajadas de ventos em Taiwan e na China durante o fim de semana. Dezenas de casas, árvores e postes foram destruídos, deixando milhões de pessoas sem energia elétrica na região.
No sudeste da China, 17 pessoas morreram, 5 estão desaparecidas e 671 mil foram retiradas de zonas de risco. Na vizinha Taiwan, foram pelo menos 6 mortos e 4 pessoas continuam desaparecidas.

Segundo a agência oficial chinesa "Xinhua", o local mais afetado pelas fortes chuvas foi a cidade de Wenzhou, na província litorânea sudeste de Zhejiang, onde um deslizamento de terras causou 12 mortos e deixou 4 desaparecidos em zonas rurais dos arredores da cidade. As outras mortes foram registradas na cidade de Lishui.
As autoridades estimam que a passagem do tufão afetou mais de dois milhões de pessoas em Zhejiang e na província vizinha de Fujian, as duas que mais sofreram as consequências deste fenômeno meteorológico.
Quase 1 mil casas ruíram em ambas as províncias por inundações ou deslizamentos de terra, que também causaram graves danos em 43,6 mil hectares em campos de cultivo e perdas que só em Zhejiang são avaliadas em cerca de US$ 644 milhões.
Em algumas áreas dessa província foram registradas no fim de semana chuvas de até 700 milímetros por metro quadrado, as maiores contabilizadas nessas áreas em 120 anos, e em várias localidades o nível de água nas ruas subiu até quatro metros.
Em Fujian, província vizinha à ilha de Taiwan, o Soudelor obrigou o fechamento de três aeroportos provinciais, o que afetou 530 voos e deixou em terra milhares de viajantes, enquanto cerca de três milhões de pessoas ficaram no sábado sem fornecimento de energia elétrica.
O Soudelor, que segundo as previsões meteorológicas será o tufão mais potente este ano no mundo todo, chegou ao litoral de Taiwan na sexta-feira e à vizinha China no sábado, levando fortes ventos e intensas chuvas.
As autoridades chinesas iniciaram no domingo o dispositivo de emergência de nível 4 (o mais baixo na escala nacional), que implica o envio de ajuda econômica e materiais de emergência para as zonas mais afetadas. / EFE e NYT