Nove policiais e agentes eleitorais foram mortos na Índia em dois ataques nesta quinta-feira, um deles em uma região atingida por uma insurgência maoísta e outro na Caxemira, uma área principalmente muçulmana onde muitos eleitores estão boicotando as eleições gerais. Oito policiais e funcionários eleitorais foram mortos quando criminosos --que segundo a polícia são rebeldes de esquerda-- explodiram um ônibus no qual viajavam em Dumka, no Estado oriental de Jharkhand, disse o porta-voz da polícia Anurag Gupta. Cinco dos mortos eram policiais. Outros cinco ficaram feridos. Jharkhand faz parte de um cinturão no leste da Índia que está propenso a ataques de rebeldes contra políticos e empresas que, eles acreditam, conspiram para arruinar a subsistência de grupos tribais nativos. No segundo incidente, um oficial eleitoral foi morto e cinco pessoas ficaram feridas em um ataque com armas na região indiana da Caxemira, onde muitas pessoas não votaram em um processo que foi tomado pela violência pré-eleitoral. "Nesta noite, os militantes dispararam contra oficiais eleitorais no distrito Shopian, no sul da Caxemira, matando uma pessoa e ferindo outras cinco, incluindo dois oficiais eleitorais e três policiais", disse o chefe da polícia local, Vijay Kumar, à Reuters. A votação nesta quinta-feira foi a sexta de 10 rodadas em cinco semanas de eleições na Índia, com pleitos em Estados como Tamil Nadu e Bengala Ocidental. Estas regiões podem manter o equilíbrio de poder se o partido opositor Bharatiya Janata, de Narendra Modi, e seus aliados não conseguirem ganhar uma maioria absoluta. (Reportagem de Jatindra Dash, em Bhubaneshwar; e de Fayaz Bukhari, em Srinagar)
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