O presidente chinês Xi Jinping não comparecerá à posse do presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump na próxima segunda-feira, 20, mas enviará o vice-presidente Han Zheng como seu representante especial, informou o Ministério das Relações Exteriores da China nesta sexta-feira, 17 (noite de quinta-feira, 16, em Brasília).
Ao comunicar a presença de Han, o país disse estar pronto para trabalhar com o governo de Trump, que tem a competição econômica com a China como um de seus maiores desafios — se não o maior — para este segundo mandato.

“Estamos prontos para trabalhar com o novo governo dos EUA para melhorar o diálogo e a comunicação, administrar adequadamente as diferenças, expandir a cooperação mutuamente benéfica, buscar em conjunto relações estáveis, saudáveis e sustentáveis entre China e EUA e encontrar a maneira certa para os dois países se darem bem”, disse o porta-voz do ministério ao anunciar a decisão.
Até agora, lideranças internacionais como o presidente argentino, Javier Milei, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, já confirmaram presença na posse do republicano. O opositor Edmundo González Urrutia, reconhecido como presidente eleito da Venezuela pelos EUA, também irá.
O envio do vice-presidente chinês ocorre em um momento em que a rivalidade EUA-China está prestes a escalonar, caso Trump cumpra com algumas das promessas feitas em sua campanha, incluindo a ameaça de aumentar a taxação sobre produtos chineses em até 60%.
Além disso, vários dos indicados de Trump para cargos-chave do governo são conhecidos falcões da China, incluindo o senador Marco Rubio da Flórida, que foi indicado como secretário de Estado. Rubio chamou a China de “o adversário mais potente, perigoso e quase igual que esta nação já enfrentou” durante sua audiência de confirmação na quarta-feira, quando membros do Comitê de Relações Exteriores do Senado pediram a Rubio que fizesse do combate à China uma prioridade máxima./AFP e AP.