Primeira supermoto nacional da Yamaha, a XTZ 125 X não está sozinha no mercado. Nas ruas, ela enfrenta uma pioneira, a Sundown STX 200 Motard, que inaugurou o segmento no Brasil. A 125 X pode ter partida a pedal (versão K) ou elétrica (E), tabeladas em R$ 7.167 e R$ 7.961, respectivamente. As autorizadas praticam preços médios muito próximos aos sugeridos pela fábrica. A STX 200 Motard tem versão única de acabamento. O valor de tabela, R$ 9.169,80, é bem maior que a média praticada pelas revendas, de R$ 8.350. Por ser mais equipada e potente, a STX 200 levou vantagem nesse comparativo. Derivada da XTZ 125, a versão X da Yamaha tem distâncias entre eixos e de trail maiores (1.345 mm e 112 mm, respectivamente). O ângulo de cáster diminuiu para 27 graus. As rodas de aço têm 17 polegadas e pneus 100/80 na dianteira e 110/80 atrás. Seu pára-lama dianteiro ficou mais curto. A STX 200 também usa aros 17', mas de alumínio, e traz pneus mais largos (110/70 na frente e 130/70 na traseira). Tem protetor de cárter, guarda-pó nas rodas, porta-objetos e olhos-de-gato na suspensão dianteira, que tem elementos invertidos: as canelas, mais grossas, ocupam a posição das bengalas . Nenhuma delas tem marcador de gasolina ou trava para capacete. Pilotagem Mesmo com cilindradas bem diferentes, a briga pelo melhor desempenho é acirrada. Os dois motores são quatro-tempos. O da Yamaha tem exatos 123,7 cm3, 12,5 cv a 7.500 rpm e 1,19 mkgf de torque a 6.500 rpm. O da Sundown tem 199 cm3 e produz 16,7 cv a 8.000 rpm e 1,45 mkgf a 7.000 rpm, conforme dados das fabricantes. De saída, a XTZ 125 X pula na frente. Porém, depois da terceira marcha, a STX 200 Motard vai abrindo distância. Sua velocidade máxima passa dos 120 km/h, enquanto a Yamaha fica em cerca de 115 km/h. Em uso predominante urbano, a Sundown STX 200 fez 27 km/l e a Yamaha XTZ 125 X, 34 km/l. No trânsito, a pequena Yamaha se destaca em agilidade, pois esterça mais. Na moto da Sundown, as manobras entre os carros são prejudicadas porque seu tanque de gasolina não foi projetado para a suspensão dianteira invertida. Na XTZ, um ponto desfavorável são pedais de apoio altos, que tornam menos confortável pilotá-la. Os freios das duas (a disco na dianteira e tambor na traseira) e as suspensões (garfo telescópico à frente e braço oscilante atrás) trazem bastante confiança. Como as duas têm pneus de alto desempenho, é preciso ficar atento com as reduzidas. Podem patinar e derrubar o condutor.