Crescimento do mercado interno, aumento de faturamento, desenvolvimento de novos produtos. Foi de otimismo o discurso das montadoras no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, aberto ontem apenas à imprensa. Para o público geral, a feira começa na próxima quinta-feira. ´A expectativa é de que as vendas de automóveis no Brasil cheguem a 1,78 milhão de unidades´, disse o presidente da Fiat do Brasil, Cledorvino Belini. Ele afirmou que a Fiat irá aumentar em 10% sua receita bruta em 2006, atingindo R$ 11 bilhões. A Fiat deve produzir este ano 540 mil veículos (440 mil comercializados no País), ante 515 mil em 2005. Segundo o executivo, a expansão do mercado nacional deve-se a uma série de fatores: queda dos juros e da inflação e o aumento do poder aquisitivo da população. Para o próximo ano, a taxa de crescimento deverá ser igual à de 2006. ´Estamos confiantes de que o mercado interno vai continuar crescendo, podendo superar o recorde de 1997, ultrapassando o volume de 2 milhões de veículos vendidos.´ A Peugeot esperar fechar 2006 com receita de R$ 600 milhões - 15% maior em relação a 2005. ´Com esse faturamento vamos atingir o equilíbrio no País´, afirmou Bruno Grundeler, presidente da Peugeot, que apresentou no Salão sua nova perua, a 206 Escapade. Já a General Motors, com os lançamentos de modelos que atendem ao programa de redução de custos da companhia, deve registrar lucro nas operações brasileiras em 2006, disse o presidente da GM do Brasil, Ray Young. No Salão, a marca está lançando o Prisma, versão sedã do Celta. Para 2009, Young prevê o início da produção no País de modelos ´crossovers´ (que combinam características de duas ou mais categorias). ´Os modelos cross representam um segmento interessante para nós´, disse ele à agência Dow Jones. ´Minha tarefa é encontrar novos produtos para 2009 em diante.´