A Apple pós-Jobs

Sem o 'gênio operacional', a equipe da Apple e o novo chefe, Tim Cook, vão ter que se virar para seguir com a 'maçã'

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Por Agências

Sem o ‘gênio operacional’, a equipe da Apple e o novo chefe, Tim Cook, vão ter que se virar para seguir com a ‘maçã’

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NOVA YORK – O futuro da Apple, e de suas ações, está agora nas mãos da equipe que junto com Steve Jobs garantiu o sucesso da empresa no lançamento de revolucionários produtos, diz o Wall Street Journal. Na maioria das vezes fora dos holofotes, esta equipe enfrentará grandes desafios em um mercado altamente competitivo e que normalmente produz margem de lucro reduzida.

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Tim Cook, nomeado por Jobs seu sucessor ontem após sua renúncia, é executivo chefe operacional da Apple, e foi designado para administrar a Apple nas três ocasiões em que Jobs foi obrigado a ausentar-se para tratamentos relacionados ao câncer no pâncreas. Embora não seja um showman como Jobs, os que o conhecem o chamam de “gênio operacional”, responsável pelo atual sistema de cadeia de abastecimento da empresa e por ter ajudado a transformar a Apple em uma das mais eficientes empresas de manufatura de eletrônicos dos tempos atuais.

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Greg Persch, que foi chefe de Tim Cook na Compaq, de onde Jobs o tirou em 1998, disse há dois anos: “Tim era responsável pelas decisões finais”. Persch o descreveu como um executivo firme, mas calmo, ao contrário de Jobs, conhecido por seu temperamento ardente. “É possível ser um administrador rígido e nunca ter elevado a voz para definir as exigências que estão à sua frente. (Tim) era muito específico em relação a suas expectativas”, disse Persch.

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Na Apple, Tim Cook supervisionou a fabricação dos computadores por vários anos antes de assumir a responsabilidade pelas vendas mundiais da empresa e da divisão Macintosh. Ele assumiu o posto de executivo-chefe operacional em 2005.

Aqueles que o conhecem na Apple dizem ser educado, mas persistente e inflexível em relação a suas demandas. Eles também dizem que Tim é capaz de absorver um grande número de informações e rapidamente identificar qualquer problema.

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As inovações recentes da Apple tiveram a participação também de seus subalternos como Jonathan Ive, vice-presidente sênior da Apple responsável pela equipe de desenho industrial. Dito em certa ocasião como alguém que “divide o cérebro com Steve”, Ive e sua equipe foram responsáveis por conferirem uma aparência física e palpável aos produtos e que os tornaram um diferencial entre os concorrentes.

Outras figuras importantes no círculo de Jobs por vários anos são Scott Forstall, que comanda a equipe responsável pelo sistema operacional iPhone e outros softwares, Eddie Cue, vice-presidente da Apple para serviços de internet e Philip Schiller, responsável pelo marketing global.

Nos últimos anos, Jobs aparentemente endossou sua equipe de liderança ao partilhar o palco com muitos deles durante o evento anual da empresa para a mídia.

Mas aqueles que observam a empresa há anos e viram como desempenhou após Jobs deixar a Apple em 1985, preocupam-se com a ausência de sua personalidade dominante e seu instinto predatório.

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A retenção da atual equipe na empresa também é questionada, uma vez que os preços das ações da Apple dispararam nos anos recentes, permitindo a seus executivos acumularem fortunas a partir das opções de ações adquiridas enquanto funcionários da empresa e diminuindo os incentivos para que permaneçam.

Ron Johnson, vice-presidente sênior de varejo da Apple e o idealizador das bem-sucedidas lojas da Apple, por exemplo, está deixando a empresa em novembro para assumir o comando da varejista J.C. Penney. Bertrand Serlet, engenheiro chefe do software Mac, deixou a Apple em março.

Se a maioria ficar, alguns acreditam que a equipe será totalmente capaz de administrar a Apple, particularmente agora em que grande impulso já foi dado e a empresa entra em uma fase de administrar o sucesso obtido. As informações são da Dow Jones.

/ Cynthia Decloedt (Agência Estado)

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