Brasil quer ampliar presença no South by Southwest

Apex selecionou 55 empresas, entre startups e investidores, para participar do maior evento de economia criativa do mundo

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Por Redação Link
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Murilo Rodrigues Alves

O Brasil vai ampliar a participação no maior evento de economia criativa do mundo, o americano South by Southwest, em busca de investimentos (SXSW), negócios e internacionalização. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) selecionou 55 empresas, entre startups, empresas de economia criativa e investidores, para representar o País no megafestival de tecnologia, cinema, música, games e mídias sociais.

O encontro em Austin, no Texas, deve receber mais de 70 mil pessoas em meados de março. As startups brasileiras buscarão investimentos da ordem de US$ 25 milhões. No ano passado, com 28 empresas, foram US$ 5 milhões em negócios.

Para ampliar a participação brasileira, a Apex investiu R$ 1,5 milhão em 2015, segundo Christiano Lima Braga, gerente executivo da agência. Os recursos servem para custear os ingressos de participação das empresas nacionais no evento e o suporte que é dado a elas nos encontros com investidores. Também foram destinados à manutenção da Casa Brasil, espaço que, durante os quatro dias do evento, mostra o conteúdo brasileiro para os frequentadores do festival.

Exportações. A ideia da agência é fortalecer a atuação nos Estados Unidos e o festival é parte desse esforço. Para Braga, a previsão de maior crescimento econômico nos EUA neste ano pode ser favorável às exportações brasileiras. A Apex tem um centro de negócios em Miami e outro em São Francisco. Países como Alemanha, Canadá, México e Inglaterra contam com participações robustas no SXSW, assim como empresas de diversos setores, como Google, Microsoft, Sony. Trata-se do segundo ano consecutivo de participação oficial do Brasil no evento.

Na feira de negócios do SXSW, o trade show, haverá um espaço para reuniões com potenciais parceiros, clientes e compradores. Os encontros estão sendo agendados pela organização do festival conforme o perfil de cada uma das 20 empresas selecionadas dos setores de publicidade, design, moda, games, tecnologia da informação e produtoras de audiovisual. Dessas reuniões, devem sair US$ 7 milhões em negócios. Outras 10 empresas que foram selecionadas não terão encontros marcados pela organização do festival, mas terão à disposição a lista de contato e perfil de empresas e investidores presentes no evento.

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No espaço chamado Startup Village, 15 startups brasileiras terão a oportunidade de participar de sessões com, no mínimo, três potenciais investidores e parceiros de negócios selecionados pela organização do festival. A expectativa é que consigam captar US$ 25 milhões.

Também estarão presentes dez fundos de investimentos brasileiros que vão cumprir agenda fechada em parceria com a Brazil Innovators, consultoria brasileira baseada nos EUA. “A intenção é promover um maior conhecimento sobre como funciona o capital empreendedor norte-americano e o contato com investidores internacionais para realização de parcerias estratégicas, co-investimentos em empresas brasileiras e captação de recursos para esses fundos”, explica Maria Luisa Cravo, gerente executiva da Apex. Segundo ela, em 2014, foram captados US$ 3,4 em investimentos.

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