Mesmo com as perdas recentes observadas no mercado de Internet, as estimativas de crescimento do e-commerce na Europa são altas. De US$ 53 bilhões, em 1999, o mercado deve atingir US$ 1,2 trilhão em 2004, de acordo com as projeções do instituto Gartner Consulting publicadas nesta quinta-feira. O crescimento terá continuidade em grande parte pelos investimentos das empresas convencionais. O vice-presidente do Gartner, Nick Smith, estima crescimento anual de 87% nos próximos quatro anos. A pesquisa mostra que as empresas que estão entrando na Internet adotarão estratégias diversas, já que as taxas de crescimento e os padrões de uso variam de país para país. ?O mercado europeu é muito fragmentado, por isso não podemos ter uma única estratégia?, disse a diretora de pesquisas do Gartner na Inglaterra, Petra Gartzen. O estudo envolveu 772 empresas públicas e privadas da região, e 75% delas concordaram que a Internet ?marca uma mudança irreversível na forma de fazer negócios?. Além disso, 85% disseram que ?o e-commerce é uma alteração importante na indústria e uma tendência a ser seguida.? Apenas 12% disseram que ?é muito cedo para uma avaliação?. Apesar do rápido crescimento, nem mesmo os países mais avançados na Web alcançarão o desenvolvimento dos Estados Unidos. Até 2004, porém, os países líderes da Europa chegarão perto, com gastos per capita em e-commerce calculados em quase US$ 10 mil por ano. Na América, a estimativa é de US$ 12 mil per capita. O crescimento do e-commerce deverá ser de 82% na Inglaterra, 88% na Alemanha e 99% na França. Para o Gartner, o futuro do e-commerce pertence às firmas existentes, com grande demanda por empresas que saibam integrar os negócios com o comércio on-line. O Gartner prevê que cerca de 95% das empresas que atuam exclusivamente na Web, sem envolvimento de companhias convencionais, acabarão sendo fechadas.