Conteúdo é que conta

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Daqui para frente, as operadoras celulares precisam criar novos serviços para gerar receita a partir da infra-estrutura já instalada, segundo a tese defendida pelo presidente da BCP, Dante Iacovone. Na semana passada, a BCP participou do lançamento do portal de voz da Gradiente, chamado Mediz. "Todos os consumidores podem utilizar um serviço baseado em voz, sem precisar de grande tecnologia. A competição está mudando o foco da tecnologia para o conteúdo." Postura semelhante tem presidente da Tess, José Luis de Souza, para quem o cliente pré-pago não foi excluído do novo serviço. Em São Paulo, a Tess e a BCP lançarão o Mediz no próximo dia 30. "A competição com a Telesp Celular faz com que a gente tenha de andar de mãos dadas", diz José Luiz de Souza. TESS e BCP integraram seu roaming e serviço de mensagens curtas para o celular pré-pago. Pobre África Com menos de três telefones por 100 habitantes, a África é o continente mais atrasado em telecomunicações no mundo, conforme demonstrou o evento Africa Telecom 2001, realizado pela UIT-União Internacional de Telecomunicações, na primeira quinzena de novembro em Joanesburgo, na África do Sul. Para se ter uma idéia da escassez de telefones naquele continente, basta lembrar que o Brasil tem uma densidade de 27 linhas por 100 habitantes, o que significa 10 vezes mais do que a disponibilidade de telefones na África. Por tudo isso, as grandes decisões do congresso da UIT foram dadas às telecomunicações rurais e às aplicações de caráter social e humanitário. Um dos projetos beneficia diretamente países extremamente pobres como o Burundi. Outro projeto dá apoio aos refugiados políticos e suas famílias. Ociosidade de 95% Uma notícia sobre fibras ópticas publicada no jornal The New York Times tem dois sentidos opostos. Seu lado bom é a constatação de que a rede mundial de cabos de fibras ópticas triplicou de tamanho e alcança hoje mais de 100 milhões de quilômetros de cabos, ou seja, quase 300 vezes a distância da Terra à Lua. O lado ruim da notícia é que 95% dessa rede está ociosa, sem qualquer uso, com as fibras apagadas, segundo o jargão dos especialistas em comunicações. O investimento feito em 3 anos foi superior a US$ 50 bilhões de dólares só começará a ter retorno daqui a cinco anos e exigirá outros 50 bilhões para completar as ligações entre a rede de cabos e as residências e empresas usuárias. No Brasil, a situação não é muito diferente. Cabos ópticos terrestres e submarinos interligam capitais de Fortaleza a Porto Alegre e as maiores regiões metropolitanas, mas apenas 10% dessa infra-estrutura efetivamente ocupada por operadoras de telecomunicações e TV a cabo. Avanços brasileiros Renato Navarro Guerreiro, presidente da Anatel, disse segunda-feira (dia 19) em São Paulo que o Brasil, com 44 milhões de linhas telefônicas fixas, disputa com a Índia o quinto lugar entre as maiores plantas de telecomunicações do mundo, depois de Estados Unidos, China, Japão e Alemanha. Guerreiro ­ que participou do evento "Avaliação das Agências Reguladoras Brasileiras", Esses dados constam do estudo "International Telecom Statistics 2001", da Siemens, com data base de 1º de janeiro de 2001. Ainda segundo o mesmo estudo, o Brasil está em primeiro lugar em densidade de telefones públicos, com 9 aparelhos por mil habitantes. No crescimento das linhas fixas instaladas, o País ficou com o terceiro lugar, logo atrás dos Estados Unidos e da China. Porcentualmente, a China e El Salvador registraram aumentos maiores.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.