Coreia do Sul proíbe game de madrugada

Com o objetivo de combater o vício em jogos e internet, o país quer impedir menores de idade de jogar online após a meia-noite

PUBLICIDADE

Por Redação Link
Atualização:

Com o objetivo de combater o vício em jogos e internet, o país quer impedir menores de idade de jogar online após a meia-noite

 

PUBLICIDADE

SÃO PAULO – A Coreia do Sul tenta aprovar uma lei que barraria menores de idade a jogar videogame entre a meia-noite e as seis horas da manhã. A medida exigiria que fabricantes como Sony e Microsoft configurem seus servidores para impedir o acesso de menores na faixa de horário. Ainda assim, a lei afetaria apenas menores que joguem online, games sem conexão ou jogos móveis (celulares e tablets) não teriam como ser controlados.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook e no Google+

A lei, conhecida como “Lei Cinderela”, foi proposta pelo Ministério de Igualdade de Gêneros e Família e pretende ser um instrumento de combate ao “vício” em jogos e internet. O jornal espanhol El País citou “estatísticas locais” que apontam que 8% da população sul-coreana, na faixa de idade que vai de nove a 39 anos, apresenta “sintomas de vício em internet”.

Publicidade

Segundo a CNN, um advogado entrou com uma petição contrária à nova lei, que foi muito criticada por jovens sul-coreanos pela internet. Lee Byung-chan argumenta: “Você pode dizer que alguém é alcoólatra se essa pessoa bebe mais de três garrafas por dia, mas você não pode chamá-lo de alcoólatra porque ele bebe depois da meia-noite. É o mesmo com jogos”.

A petição alega que a aprovação da medida seria uma discriminação contra jogos virtuais, enquanto outras atividades de entretenimento como televisão e cinema seguiriam sem nenhum controle jurídico. Outro ponto comentado pelo advogado à CNN é o de que a lei tiraria dos pais o poder de controlar a educação dos seus filhos, impossibilitando-os de decidir quais horários serão permitidos aos menores ou, inclusive, se haveria algum tipo de limitação quanto a jogos.

A Sony informou que conseguirá adaptar os servidores responsáveis pelo ambiente online dos jogos do seu console Playstation, mas que as mudanças acarretarão em custos. A Microsoft, diz o El País, terá mais dificuldade de respeitar a lei, pois não cadastra a idade dos assinantes do seu Xbox Live.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.