O bilionário Mark Zuckerberg, fundador da Meta, dona do Facebook e do Instagram, comprou uma mansão avaliada em US$ 23 milhões em Washington. A informação foi divulgada pela revista Politico, que afirma que a aquisição reforça uma tendência entre bilionários do setor de tecnologia: a de viverem próximos ao poder político, em especial durante o novo governo Trump.
A residência está localizada no bairro nobre de Woodland Normanstone, a cerca de 15 minutos da Casa Branca. Com aproximadamente 1,4 mil metros quadrados, a casa foi projetada pelo arquiteto norte-americano Robert Gurney, que demoliu a estrutura anterior para construir uma nova edificação em estilo moderno, respeitando, segundo ele, as linhas arquitetônicas do bairro.

A mansão é composta por três blocos interligados por passarelas de vidro e combina elementos contemporâneos com materiais tradicionais, como tijolos e janelas de aço. Internamente, o imóvel tem cinco quartos, sete banheiros, duas cozinhas, três lareiras, além de espaços dedicados ao lazer, como uma quadra de basquete e uma casa de piscina.
De acordo com a revista, o negócio foi fechado de forma sigilosa e envolveu acordos de confidencialidade assinados pelos corretores. A venda é considerada a terceira mais cara da história da capital norte-americana. A identidade do comprador permaneceu em segredo até que um porta-voz da Meta confirmou a aquisição em março deste ano.
Segundo a empresa, a residência “permitirá que Mark passe mais tempo em Washington, enquanto a Meta segue trabalhando em questões políticas relacionadas à liderança tecnológica dos EUA”. Zuckerberg comprou a casa junto de sua esposa, a médica Priscilla Chan, com quem já possui outras propriedades nos EUA.
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A presença física na capital tem se tornado uma estratégia comum entre executivos de tecnologia, segundo a Politico. O presidente Donald Trump, reeleito no início do ano, tem valorizado encontros presenciais com CEOs do setor. A aproximação com o governo republicano tem sido cada vez mais evidente entre os líderes das big techs.
Zuckerberg esteve na cerimônia de posse de Trump, em janeiro, e voltou a se reunir com o presidente em março, na Casa Branca. No fim do ano passado, a Meta doou US$ 1 milhão ao fundo de posse do republicano. Apesar da boa relação, o CEO da Meta já perdeu US$ 28 bilhões em valor de mercado desde o tarifaço do Trump, anunciado na última semana.
Outros nomes do setor também têm seguido o mesmo caminho. Nos últimos meses, executivos como Eric Schmidt (ex-Google), David Sacks (cofundador do PayPal) e Jeff Skoll (ex-eBay) adquiriram propriedades de luxo em Washington. A movimentação reforça o peso crescente do setor tecnológico nas decisões políticas norte-americanas.
Após a confirmação da compra, a nova residência de Zuckerberg passou a aparecer borrada no Google Maps. A escolha pelo endereço, discreto e ao mesmo tempo próximo ao centro de poder do país, sinaliza a disposição do empresário em influenciar diretamente os rumos da política de tecnologia nos EUA.