A Debis Humaitá, que fornece soluções na área de tecnologia da informação (TI), anunciou hoje a mudança de nome para T-Systems do Brasil. "Não se trata da abertura de uma empresa nova, mas sim da transformação de uma que já existe", disse o presidente da empresa, Luciano Lampi. A mudança de marca é parte de um processo mundial, que começou em março quando a Deutsche Telekom adquiriu da DaimlerChrysler 50,1% das ações da Debis Systemhaus, resultando na criação do grupo T-Systems International, com sede na Alemanha. Além do novo nome, foram apresentadas as novas estratégias de atuação da empresa para o País, no que diz respeito a soluções de convergência das áreas de telecomunicações e TI. "Nossa meta é crescer mais rápido que o mercado", disse o vice-presidente mundial do grupo, Christian Bäumer. O portfolio de serviços oferecidos inclui consultoria, integração de sistemas, desenvolvimento de softwares, migration services, outsourcing, desktop services, network, entre outros. Telecomunicações Um dos principais alvos da companhia no Brasil é o setor financeiro e as operadoras de telecomunicações. Lampi admite que existem contratos sendo negociados com algumas empresas, mas não forneceu mais detalhes. "O mercado de telecomunicações agora ´caiu na real´ e hoje está mais receptivo do que em 1998, na área de consultoria", diz ele, indicando a área de consultoria como um dos segmentos de maior potencial de vendas no Brasil. Com 980 funcionários, a Debis Humaitá faturou R$ 134 milhões em 2000, um crescimento de 27% sobre 1999. Seu maior cliente é a Daimler, que responde por cerca de 50% das vendas. A carteira compreende ainda Pirelli, Volkswagen, Alstom, Rolls-Royce, Bosh e Embraer, entre outros. "Queremos manter a participação da Daimler, mas também diversificar e ampliar nossas vendas", declarou o vice-presidente. O presidente da T-Systems do Brasil não informa sobre as projeções de receitas para 2001 e nem o valor dos investimentos a serem realizados nos próximos meses. "Estamos investindo para enquadrar a empresa no conceito de convergência, estamos trabalhando para a formação desse conceito no Brasil", disse. Crescimento Bäumer afirma que os negócios do grupo não foram atingidos pela fase ruim pela qual vem passando o mercado de TI e que no primeiro semestre deste ano as vendas em nível global subiram 19%. O grupo faturou 10 milhões de euros (US$ 8,890 milhões) no ano passado e o crescimento esperado para 2001 é de 15%. Para atingir essa meta, a companhia aposta na estratégia de internacionalização e pretende, em dois ou três anos, expandir a atuação na América Latina, EUA, Ásia e Europa. "O mercado de convergência na Europa ainda é subdesenvolvido em relação aos EUA", disse o executivo, informando que 25% dos 40 mil funcionários da companhia trabalham fora da Alemanha. Ele revela ainda que cerca de 2.500 pessoas deverão ser contratadas no próximo ano.