“Não precisamos do anonimato para a liberdade do Brasil, a liberdade nós já temos”, diz relator da lei de cibercrimes
O que senhor acha do Marco Civil?
A argumentação de que era necessário primeiro discutir o Marco Civil e depois a lei criminal pressionou o governo a apressar o texto. O projeto não tem grandes polêmicas, mas tem artigos óbvios como o que diz que a rede deve ser livre e democrática.
No que os dois projetos – Marco Civil e Lei Azeredo – esbarram?
Apenas na guarda de logs. O Marco Civil diz um ano prorrogável, o meu projeto estipula três anos. Acredito que três anos já é o prazo praticado por provedores em São Paulo e considerado mais adequado segundo a Polícia Federal. A maioria das críticas são alarmistas, pois o meu projeto pede que se guarde só o IP e omomento que o computador foi ligado.
O senhor é contra o anonimato na internet?
Não precisamos do anonimato para a liberdade do Brasil, a liberdade nós já temos. Nós já superamos há muito tempo o estágio do qual países como Irã ou Líbia agora estão se libertando. O que temos que garantir agora é a segurança.
—-Leia mais: • Três projetos para duas leis• Paulo Teixeira: A salvo de ser vigiado • Link no papel – 05/09/2011
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