Desde que o lançamento do ChatGPT em 2022 desencadeou uma febre de inteligência artificial (IA), o Google tem tentado reafirmar seu papel como pioneiro em IA.
Na quarta-feira, 26, Sergey Brin, cofundador do Google, disse que a empresa poderia liderar o avanço da inteligência artificial geral (AGI) — quando as máquinas igualam ou superam a inteligência humana — se os funcionários se esforçassem mais.

“Recomendo estar no escritório pelo menos todos os dias da semana”, escreveu ele em um memorando publicado internamente na noite de quarta-feira, 26, que foi visto pelo The New York Times. Ele acrescentou que “60 horas por semana é o ponto ideal de produtividade” na mensagem destinada aos funcionários que trabalham no Gemini, a linha de modelos e aplicativos de IA do Google.
O memorando de Brin não representa uma mudança na política de retorno ao escritório do Google, que exige que os funcionários trabalhem presencialmente pelo menos três dias por semana. Uma porta-voz do Google se recusou a comentar.
Ainda assim, a nota destacou a crença de Brin de que a AGI — um objetivo há muito buscado na computação — pode estar ao alcance. E trouxe mais detalhes sobre como ele acredita que o Google pode alcançar esse avanço tecnológico.
“A concorrência acelerou imensamente e a corrida final para a AGI já começou”, escreveu ele. “Acho que temos todos os ingredientes para vencer essa corrida, mas teremos que turbinar nossos esforços.”
Ele enfatizou a necessidade de os funcionários do Google utilizarem mais a IA da empresa para programar, dizendo que a própria IA se aprimorando levaria à AGI. Ele também pediu que os funcionários que trabalham no Gemini fossem “os programadores e cientistas de IA mais eficientes do mundo usando nossa própria IA”.
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Cada vez mais empresas têm exigido que os funcionários retornem ao escritório em tempo integral para aumentar a produtividade. Em setembro, a Amazon anunciou que seus funcionários corporativos precisarão voltar ao escritório cinco dias por semana a partir de 2025. AT&T, JPMorgan Chase e Goldman Sachs também reverteram suas políticas de trabalho híbrido.
Brin retornou ao Google após o lançamento do ChatGPT, segundo o The Times, para ajudar a empresa a enfrentar o momento difícil em que perdeu sua vantagem na IA. O Google desenvolveu diversas tecnologias que tornam chatbots como o ChatGPT capazes de escrever desde poesias até códigos e roteiros de viagem. Desde então, ele tem passado muito tempo com os especialistas em IA da empresa na divisão Google DeepMind, encarregada do desenvolvimento de IA, às vezes até mesmo enviando pessoalmente solicitações de código.
Nos dois anos desde o retorno de Brin, o Google reorganizou seus negócios, rebatizou sua IA e implementou a tecnologia em seus aplicativos populares — tudo na tentativa de vencer a corrida contra OpenAI, Microsoft, Meta e outras empresas.
O Google tem lançado atualizações de IA rapidamente, expandindo a disponibilidade dos modelos Gemini 2.0 para usuários do aplicativo de chatbot de mesmo nome neste mês. Brin alertou os funcionários sobre os riscos de trabalhar mais de 60 horas por semana, dizendo que isso pode levar ao esgotamento. Ele também criticou os funcionários que não têm contribuído o suficiente para os esforços da empresa.
“Algumas pessoas trabalham menos de 60 horas e um pequeno número faz apenas o mínimo necessário para se manter”, escreveu ele. “Esse último grupo não é apenas improdutivo, mas também pode ser altamente desmoralizante para todos os outros.”
Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.