Google reembolsou anunciantes por conta de 'tráfego falso', diz jornal

Segundo Wall Street Journal, reembolsos podem chegar a centenas de milhares de dólares; empresa se negou a abrir números da operação

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Por Redação Link
Serviço. Google promete empenho contra anúncio ofensivo Foto: Reuters

O Google vai ter de reembolsar anunciantes por propagandas veiculadas em sites com "trafégo falso", disseram fontes familiarizadas com o assunto ao jornal norte-americano Wall Street Journal. Segundo a publicação, a empresa enviou comunicados a agências de marketing e propaganda nas últimas semanas informando sobre os problemas, conhecidos na indústria como "fraude dos anúncios". 

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De acordo com o Google, os anúncios em questão foram comprados pela ferramenta da empresa chamada Double Click Bid Manager, e acabaram sendo mais caros que o esperado. Isso acontece porque sites "compram" cliques, feitos por robôs, e não por visitantes reais, para dizerem a seus anunciantes que têm mais audiência (e merecem receber mais por cada anúncio). 

Normalmente, a plataforma DoubleClick Bid Manager é usada para atingir audiências de um grande número de sites em segundos, ao conectar espaços disponíveis com as ofertas de compradores e editores, em leilões feitos em tempo real. 

A conduta de reembolso por tráfego falso nos sites é algo comum, mas segundo as fontes, o que aconteceu nas últimas semanas tem proporções maiores do que o normal – a ponto do Google ter oferecido para as agências de publicidade o reembolso de sua "comissão de plataforma", uma taxa que recebe por intermediar a transação. Normalmente, essa comissão gira em torno de 7% a 10% do preço total pago por um anúncio. 

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Procurado pelo Wall Street Journal, o Google disse que fez o reembolso, mas se negou a divulgar os valores pagos. Segundo anunciantes procurados pelo jornal, os reembolsos vão de "o preço de um sanduíche" até centenas de milhares de dólares. 

Hoje, as fraudes de cliques são um dos principais problemas do mercado de publicidade – só nos EUA, US$ 6,5 bilhões serão gastos em problemas com anúncios fraudulentos ao longo de 2017, segundo a associação nacional de anunciantes. 

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