Centenas de funcionários do Twitter se demitem após ultimato de Elon Musk

Empregados tinham até a última quarta-feira, 16, para informar se continuariam ou não sob o novo comando da rede social

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Tem sido cada vez mais difícil imaginar como o Twitter vai ficar no ar desde que Elon Musk assumiu a presidência da empresa. Depois de demitir cerca de 50% dos funcionários, outras centenas de colaboradores decidiram se demitir diante de um ultimato do CEO a respeito do trabalho na plataforma.

PUBLICIDADE

De acordo com o jornal americano New York Times, os funcionários ficaram insatisfeitos com a conduta de Musk na presidência da rede do passarinho. Isso porque, após as demissões, o bilionário estaria de olho em uma mudança radical na forma de trabalho, inclusive no relacionamento entre os funcionários — chegando a demitir empregados que criticassem o seu trabalho nas redes internas da empresa.

O bilionário definiu um prazo para que os seus funcionários informassem se iriam ou não continuar na empresa, mas centenas de funcionários pediram demissão nesta quinta, após o fim do prazo dado para que os colaboradores firmassem um “comprometimento hardcore”. Do contrário, defendeu Musk em carta interna, esses trabalhadores seriam demitidos. Ainda não foi possível saber, exatamente, quantos funcionários saíram de suas funções

Na plataforma, a hashtag #LovedWhereYouWorked contém dezenas de funcionários se despedindo da empresa. Em mensagens internas na plataforma de comunicação corporativa Slack, outros colaboradores se despedem entre si, reporta o site The Verge. Outra hashtag circulando na rede é a #RipTwitter, onde usuários já dão adeus à plataforma.

Como resposta para investigar se há uma sabotagem interna, a direção do Twitter decidiu fechar o escritório da empresa, em San Francisco, de todos os funcionários até a próxima segunda-feira, dia 21, segundo informações da jornalista Zoë Schiffer, do site especializado Platformer. Recentemente, Musk havia encerrado a política de trabalho remoto da companhia, forçando os funcionários a voltarem aos escritórios em todo o mundo.

A empresa ainda enfrenta dúvidas sobre como será a operação nos próximos dias, com o início da Copa do Mundo. Como um evento global, o Mundial deve ser um impulsionador de conteúdos virais e registrar picos de uso da plataforma, o que pode comprometer o funcionamento da rede social.

Pelo Twitter, Musk respondeu não está preocupado com os funcionários que estão optando por sair da empresa, depois que um usuário sobre o futuro da plataforma. Por e-mail, porém, o bilionário pediu para que especialistas em programação da companhia se apresentassem para “entrevistas rápidas” para realocação de trabalho.

Publicidade

Musk ainda pediu que os e-mails fossem respondidos com informações de currículo e que, caso os funcionários não estivessem em São Francisco, onde fica a sede do Twitter, o ideal era que eles pegassem um voo para comparecer presencialmente ao escritório, de acordo com as mensagens vistas pelo site Business Insider.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.