O gigante chinês da tecnologia Alibaba apresentou nesta quinta-feira, 6, seu modelo de inteligência artificial (IA) que visa competir com o DeepSeek, fazendo com que suas ações subissem na bolsa de valores de Hong Kong.
De acordo com o Alibaba, seu novo modelo de IA, chamado QwQ-32B, tem “desempenho comparável” ao DeepSeek e, assim como o modelo chinês, requer menos dados para funcionar. A DeepSeek se tornou uma das ações favoritas dos investidores desde que lançou seu chatbot em janeiro por uma fração do custo de seus equivalentes ocidentais.
As ações do Alibaba, uma potência do comércio eletrônico, subiram mais de 7% nas negociações da manhã na bolsa de valores de Hong Kong.
O modelo, uma evolução da própria IA que o Alibaba já havia desenvolvido - o Qwen - tem agora 32 bilhões de parâmetros, em comparação aos 20 bilhões de parâmetros que o Qwen 2.5, lançado no início do ano, possui.
Quando lançado, o Qwen 2.5 também foi apresentado como um chatbot mais potente que seus rivais chineses e americanos, como uma IA que oferecia respostas mais elaboradas, precisão em cálculos e linguística e eficiência no consumo de energia. As funcionalidades da Qwen também miram o setor empresarial, por exemplo: é possível adaptar o modelo para focar em áreas especificas, como marketing.
Agora, o QwQ-32B consegue ter ainda mais velocidade de raciocínio e de cálculos, além de um processamento que permite um maior número de associação de informações de uma mesma base de dados.
“Descobrimos que o treinamento de RL (aprendizado por reforço, na sigla em inglês) pode melhorar continuamente o desempenho, especialmente em matemática e codificação, e observamos que o dimensionamento contínuo de RL pode ajudar um modelo de tamanho médio a alcançar um desempenho competitivo”, afirmou a empresa em um post em seu blog.
O QwQ-32B da Alibaba se junta a outros modelos recentes da China, como o Yuanbao da Tencent, outro rival do DeepSeek.
O Alibaba, com sede na cidade de Hangzhou, anunciou em fevereiro que planeja investir mais de US$ 50 bilhões nos próximos três anos em IA e computação em nuvem./COM AFP
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