*Atualizado às 13h41 do sábado para incluir atualização sobre a invasão
O presidente executivo do Twitter, Jack Dorsey teve sua conta na rede social hackeada na tarde desta sexta-feira, 30. Ainda não está claro como o invasor teve acesso ao perfil do executivo, mas eles postaram diversas mensagens em sequência, incluindo mensagens racistas e retuítes de mensagens em apoio ao nazismo. A ação aconteceu por volta de 16h30 (horário de Brasília). Uma hora depois, os tuítes já tinham sido excluídos pela rede social. Segundo o Twitter, às 19h15, seus servidores não foram comprometidos e a conta já estava novamente segura.
Provavelmente, o invasor também teve acesso às mensagens privadas do executivo. O Twitter permite que usuários façam autenticação em dois fatores, mas Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, já teve sua conta no Twitter invadida por não utilizar o recurso. O Twitter postou uma mensagem reconhecendo o incidente de segurança e diz estar investigando o episódio.
A imprensa dos EUA especula acredita que o ataque tenha partido de um grupo hacker que na semana passada atacou contas no Twitter de youtubers e influenciadores digitais do país.
Relatórios iniciais mostram que os tuítes vieram de um serviço chamado Cloudhopper – uma empresa que o Twitter comprou há alguns anos para auxiliar em seu serviço de tuítes via SMS. Em uma atualização publicada às 21h15 da sexta-feira (horário de Brasília), o Twitter divulgou que a invasão aconteceu por conta de uma falha em um serviço de telefonia ligado à conta de Dorsey, o que permitiu que uma pessoa não autorizada criasse tuítes a partir de um serviço de mensagens de texto. "O problema foi resolvido", disse a empresa.
A conta de Dorsey já foi hackeada uma vez, em 2016, pela empresa de segurança OurMine. O grupo usou a invasão para incluir uma mensagem sobre "testar sua segurança" e incluiu um link para seu site.
Apesar de grave, o incidente mexeu pouco com as ações da rede social: após o fechamento do pregão, os papéis do Twitter têm queda de 0,4% na bolsa de valores de Nova York. Neste momento, a empresa está avaliada em torno de US$ 33 bilhões.
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