
O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, testemunhou em um tribunal de Dallas, nos Estados Unidos, nesta terça-feira, 17, para defender a Oculus, empresa de realidade virtual comprada pelo Facebook em 2014, de acusações de que sua tecnologia teria sido roubada da rival Zenimax.
Zuckerberg, que usou um terno escuro e gravata em vez da tradicional camiseta e calça jeans, rebateu acusações do advogado da desenvolvedora de videogames ZeniMax Media.
A ZeniMax processou a Oculus em 2014, quando o Facebook estava em processo de compra da startup por US$ 2 bilhões. A desenvolvedora afirmou que a Oculus conseguiu acesso ilegal à propriedade intelectual da ZeniMax enquanto estava desenvolvendo o sistema de realidade virtual que inclui os óculos Oculus Rift, vendidos nos Estados Unidos desde abril de 2016 por US$ 599.
Zuckerberg afirmou no tribunal lotado que as acusações são falsas. "Os produtos Oculus são baseados em tecnologia da Oculus", afirmou o presidente do Facebook.
Ao ser questionado pelo advogado da ZeniMax Tony Sammi, o bilionário de 32 anos descreveu os investimentos do Facebook em realidade virtual. Zuckerberg afirmou que a compra da Oculus incluiu não apenas o preço de US$ 2 bilhões, mas também US$ 700 milhões para manter funcionários e US$ 300 milhões em pagamentos de bônus por cumprimento de metas.
Zuckerberg afirmou que o acordo com a Oculus foi concluído durante um fim de semana de 2014 e que na época ele não estava ciente das acusações contra a Oculus.
"É muito comum quando você anuncia um grande acordo que pessoas simplesmente apareçam afirmando que detêm parte do negócio", disse Zuckerberg.
O processo, que está em seu sexto dia de julgamento, refere-se em parte ao programador John Carmack.
Conhecido por ajudar a conceber videogames como Quake e Doom, Carmack trabalhou para a id Software antes da companhia ser comprada pela ZeniMax. Ele é atualmente o vice-presidente de tecnologia da Oculus.
Zuckerberg negou que Carmack tenha usado código de programação de seu emprego anterior para ajudar a Oculus de maneira injusta. "Não há código compartilhado no que fazemos", disse o presidente do Facebook.