Só sabe o que acontece no Facebook quem participa da rede social
Só que essas milhares de pessoas que adicionaram o CEO do Facebook não receberão nenhuma informação dele – o perfil dele é totalmente fechado.
Não deixa de ser irônico: em seu perfil no Facebook (que é aberto, embora não haja muito sobre ele ali) ele diz que “está tentando tornar o mundo um lugar mais aberto”. Isso, porém, não condiz com o próprio formato do Facebook: fechado.
Para ter acesso ao que acontece dentro do Facebook é preciso fazer parte da rede social. Aos poucos, com o aumento do número de usuários, cresceu também o número de aplicativos, jogos e possibilidades lá dentro.
O Facebook deixou de ser uma rede social para compartilhar atualizações de status e fotos. Passou a ser também uma plataforma para todo o tipo de interação – de ouvir música a fazer compras. A web começou, aos poucos, a ir lá para dentro.
Mas todo o conteúdo que é postado lá dentro fica alheio a outro poderoso: o Google. Assim, a rede social do Google+ chega com a considerável vantagem de ter o mecanismo de buscas a seu dispor – e o conteúdo que é postado ali dentro está ao dispor do mecanismo de buscas.
O Google+ é aberto para toda a web. Poderia ser aberto também com o Facebook, com apps que integram, mas a rede de Mark Zuckerberg mostrou que por enquanto não quer esse tipo de conversa. Isso ficou claro com o bloqueio ao aplicativo que permitia convidar seus contatos do Facebook para o G+.
3×4. O fato do Facebook ser fechado e o G+ aberto é o que permite que a rede do Google se torne “a identidade social” da pessoa na web. E isso é potencialmente assustador para o Facebook, que nunca poderia ser a “cara online” de ninguém – afinal, só tem acesso a ela quem criar o seu perfil lá dentro.
O Facebook se apressou em lançar o novo chat, que suporta bate-papo em vídeo, para bater de frente com o G+.
Mas a briga ainda não é tão direta e o Facebook não precisa se apavorar – afinal, em quantidade de usuários (750 milhões em todo o mundo) não há nada que chegue perto do alcance e penetração da rede de Zuckerberg.
Segundo levantamento da consultoria Sysomos, o Google+ teve 106 mil menções em blogs desde o seu lançamento – 85% delas foram positivas. Só que os números ainda estão bem abaixo do Facebook e do Twitter (que ainda é o mais comentado).
A primeira foto no G+ foi de um Zuckerberg carrancudo. Depois a imagem foi substituída pelo mesmo sorriso que ilustra o perfil dele no Facebook. Pode até ser irônico. Mas ele ainda tem motivos para rir.
—-Leia mais: • Google+ quer ser você você online • O blogueiro que vai ao público ou o público que vai ao blogueiro • Personal Nerd – Mais do Plus • Link no papel – 18/07/2011