Doze grandes empresas da Internet brasileira investiram R$ 2 milhões numa campanha publicitária que será veiculada a partir de quinta-feira, promovendo o comércio eletrônico. Amélia.com, America Online, Americanas.com, BOL, iG, ItaúcardNet, Shoptime.com, Submarino, Terra, Unibanco, UOL e ZipNet vão assinar um protocolo assumindo compromissos de segurança no varejo on-line e passarão a exibir o selo "Internet segura" em suas páginas. As empresas admitem que a iniciativa, articulada pelo portal de vendas Submarino, tira proveito da época natalina para estimular o comércio, mas é uma ação institucional de longo prazo. Elas estão lançando também o site www.internetsegura.org.br, que estará ativo amanhã (23), pra apoiar a campanha. O consumidor poderá fazer reclamações sobre compras on-line por e-mail. O presidente do Submarino, Antonio Bonchristiano, garantiu que todas as empresas da aliança têm padrões mínimos de segurança, como criptografia de 64 bits , e atendimento de qualidade como Serviços de Atendimento ao Cliente (SAC). Os termos do protocolo que será assinado não foram divulgados, e o grupo ainda pretende contratar uma consultoria para determinar as condições mínimas exigidas dos futuros associados e as regras que vão determinar a perda do selo. "As empresas vão discutir as melhores práticas do comércio eletrônico e serão muito seletivas para aceitar novas adesões", afirmou o diretor do provedor Terra, Marcelo Lacerda. "As empresas de Internet sérias que não estão hoje na aliança vão aderir em breve", disse o presidente do Uol Brasil, Caio Tulio Costa. O Bradesco, que foi convidado mas não aderiu imediatamente, deve se juntar ao grupo nos próximos dias. O presidente do iG, Nizan Guanaes, declarou que essa campanha é uma luta contra a percepção errada de que a Internet não é segura. "O mercado só cresce se o policiarmos com a nossa força", afirmou Guanaes. O comércio eletrônico, deve movimentar este ano US$ 300 milhões no Brasil e pode dobrar no próximo ano. Mesmo assim, apenas 5% dos internautas brasileiros já fizeram compras pela Internet. Segundo dados do IDC, as vendas on line devem ter um aumento de 15% no Natal em relação aos meses anteriores.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
