Os executivos da Telefónica e da Portugal Telecom esperam que a operação de criação de sua nova holding de telefonia no Brasil seja constituída em 2002. Em teleconferência realizada há pouco, eles lembraram que, para tornar a união operacional, precisam esperar pela aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Todas as novas aquisições dos grupos no Brasil serão tranferidas para a nova empresa. Segundo os executivos, a união não gerará impacto imediato em termos de receita. "A receita a ser gerada será proporcional aos números consolidados das empresas controladas", comentaram. A geração de caixa operacional, afirmaram, será elevada por meio do aumento da base de clientes. Esse último, por sua vez, foi reiterado como um dos focos da nova união. As empresas ainda não decidiram como será feita a "recapitalização" da Telesp Celular após a compra da Global T elecom. A Telesp Celular assumiu dívidas de US$ 654 milhões com a aquisição, fechada por US$ 1,21 bilhão. Bolsa Os executivos da Telefónica e da Portugal Telecom também afirmaram que a listagem em Bolsa, no Brasil, da nova holding de telecomunicações anunciada ontem não está nos planos atuais das controladoras. As empresas disseram que todos os ativos envolvidos na transação ficarão com a nova companhia. Não haverá, entretanto, a unificação dessas participações. Isso significa que a estrutura de participação dos minoritários das companhias em questão não vai mudar. Para os executivos, todos os acionistas vão se beneficiar das sinergias de receita, custos e tecnologia advindas da operação. "Será um relacionamento frutífero", garantiram. Participaram da conferência os principais executivos financeiros da Telefónica (José María Alvarez Pallette), da Telefónica Móviles (Ernesto López Mozo) e da Portugal Telecom (Zein al Bava).
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