SÃO FRANCISCO – A tecnologia de saúde da Apple está se disseminando rapidamente entre grandes hospitais nos Estados Unidos, se mostrando promissora como uma maneira para que doutores monitorem pacientes remotamente e reduzam os custos.
Catorze dos 23 principais hospitais contatados pela Reuters disseram que implementaram um programa piloto do serviço HealthKit da Apple –que age como um repositório para informações de saúde geradas pelo paciente como pressão sanguinea, peso ou frequência cardíaca– ou estão em entendimentos para fazê-lo.
Os programas pilotos têm como objetivo ajudar médicos a monitorarem pacientes com doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Rivais da Apple como o Google e a Samsung, que lançaram serviços similares, estão apenas começando a se aproximar de hospitais e outros parceiros médicos.
Tais sistemas prometem permitir que doutores fiquem cientes de sinais de problemas e intervenham antes que um problema de saúde se torne agudo. Isso pode ajudar hospitais a evitar admissões repetidas, pelas quais eles são agora penalizados sob as novas diretrizes do governo norte-americano, tudo a um custo relativamente baixo.
O mercado de saúde nos EUA é de 3 trilhões de dólares, e a firma de pesquisa IDC Health Insights prevê que 70 por cento das organizações de saúde no mundo todo farão investimentos até 2018 em tecnologia incluindo aplicativos, dispositivos vestíveis, monitoramento remoto e atendimento virtual.
O HealthKit da Apple funciona colhendo dados de fontes como equipamentos de medição de glicose, aplicativos de acompanhamento de exercícios e alimentos e balanças com conexão Wi-fi. O Apple Watch, com previsão de lançamento para abril, promete aumentar o leque de dados possíveis, que com o consentimento dos pacientes poderão ser enviados para um registro médico para que médicos os vejam.
/REUTERS
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