O Internet Group, que entre outros serviços mantém o maior provedor de acesso gratuito do País, o iG, aposta que possa atrair dois milhões de usuários da NetGratuita, negócio que o UOL acaba de fechar. O iG lança nesta quarta-feira uma campanha nacional, em jornais e revistas, e na próxima semana, nas emissoras de televisão, para conquistar esses internautas. O iG alcançou, em oito meses, três milhões de usuários. O presidente do iG, Nizan Guanaes, está cantando vitória. Para ele, o encerramento das operações da NetGratuita dá ao iG o monopólio no mercado de acesso gratuito. ?O UOL tentou criar um fato para a abertura de capital?, comentou Guanaes à Agência Estado. ?Mas a marola vai passar e eu vou ter o monopólio da Internet gratuita no Brasil?, declarou. Segundo Guanaes, o carro-chefe do iG continua sendo o acesso gratuito, mas agora com custos menores de marketing. ?O custo de aquisição de novos usuários será praticamente zero?, disse. ?Não preciso brigar pelo cliente?, declarou. Guanaes afirmou ainda que a Terra Livre, portal de acesso gratuito do grupo Telefónica, não chegou a ser um grande concorrente. Executivos do Terra ainda não se pronunciaram sobre o fechamento da NetGratuita e quais os planos para a Terra Livre. Guanaes desacreditou ainda as declarações do presidente do grupo UOL, Luís Frias, de que o fim do negócio de acesso gratuito possa recuperar a rentabilidade do grupo. ?Isso é jogar para a platéia?, disse. O presidente do iG observou que Frias chegou a afirmar que os gastos com a NetGratuita foram de apenas R$ 3,5 milhões em ações de marketing, enquanto o prejuízo do grupo no primeiro semestre somou R$ 160 milhões. O iG espera receita combinada de comércio eletrônico e licenciamento da marca de US$ 6 milhões este ano.