Google, Microsoft, Yahoo e Facebook foram chamados para reunião com ministro das comunicações do país
Representantes de Google, Microsoft, Yahoo e Facebook se reuniram com o ministro de comunicações da Índia, Kapil Sibal, na tarde desta segunda-feira, 5. O encontro não era público. Dois executivos das empresas vazaram a informação ao New York Times.
Sibal mostrou aos executivos uma página com conteúdo negativo sobre Sonia Gandhi, presidente do Congresso. Ele teria chamado aquilo de “inaceitável”, segundo o relato, e pediu às empresas uma maneira de filtrar o conteúdo postado pelos usuários.
O governo indiano quer que o mecanismo de filtragem seja feito por seres humanos. Nada de filtragem automática. As empresas disseram que isso é impossível por causa do volume de conteúdo gerado pelos usuários na Índia. Além disso, eles não poderiam ser responsáveis por determinar que tipo de conteúdo poderia ser prejudicial.
O Google tem mais de 100 milhões de usuários na Índia. O Facebook, 25 milhões.
Se há uma ordem judicial ou uma lei, as empresas poderiam cumprir. Mas não podem decidir que tipo de conteúdo é legal ou não, teria dito um dos executivos.
Sibal confirmou a reunião, mas não deu detalhes sobre o encontro. Essa não é a primeira vez que a Índia pressiona empresas a censurarem o conteúdo postado pelos usuários. Em abril, o governo indiano pediu aos providores de internet deletassem informações negativas sobre cidadãos ou oficiais do governo. No ano passado, o governo indiano pediu que a Research in Motion se retirasse do País.
A Índia tem planos de lançar seu próprio mecanismo de monitoramento, disseram os executivos das empresas. Algumas cidades, como Mumbai, já fazem esse tipo de censura.