Ex-executivos de Viva Real e Duolingo lançam comunidade para startups latinas Latitud

Por trás da iniciativa estão três veteranos do mercado de inovação, incluindo Brian Requarth, cofundador da Viva Real, e Gina Gotthilf, ex-vice-presidente de marketing do Duolingo

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Por Giovanna Wolf
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2 min de leitura

Três veteranos do mercado de inovação anunciam nesta quinta-feira, 12, um novo projeto: a comunidade empreendedora Latitud. Brian Requarth, cofundador do marketplace de imóveis Viva Real, Gina Gotthilf, brasileira que já passou por empresas como Tumblr e Duolingo, e Yuri Danilchenko, ex-executivo da startup de compras inteligentes Escale, se uniram para criar uma estrutura capaz de oferecer mentorias e conexões às startups da América Latina — região com que o trio tem bastante afinidade. 

“Temos experiência há muito tempo como consultores não oficiais, conversando com empreendedores e dividindo conhecimento. Nós três nos conhecemos no mercado e surgiu a ideia de organizar e escalar essa mentoria”, conta Requarth em entrevista ao Estadão — além da história na Viva Real, o americano também atua como investidor-anjo em mais de 40 startups, tendo feito cheques para empresas como as brasileiras Quinto Andar e Quero Educação. 

Brian Requarth,Gina Gotthilf eYuri Danilchenko são os idealizadores do projeto Foto: Latitud

Na prática, a atuação da Latitud vai começar com um programa de mentoria com 100 empreendedores da região, durante um mês. O foco será em startups em estágio inicial de desenvolvimento. 

“Por que não saem tantas empresas globais de tecnologia do Brasil, por exemplo? Não é falta de talento nem de suor”, questiona Gina, que construiu sua carreira nos Estados Unidos. “Queremos trazer para a América Latina experiências do Vale do Silício e ajudar essas empresas desde o começo da jornada”. O nome Latitud, segundo ela, é inspirado na grande latitude da região latina e também no fato de a iniciativa apoiar as empresas desde o começo de suas caminhadas. 

Para participar desse primeiro programa, o projeto recebeu centenas de inscrições. Dentro dos nomes selecionados, 37% das startups são lideradas por mulheres. “Questões de gênero e outras minorias são uma preocupação para o nosso programa, e queremos trabalhar nisso cada vez mais”, diz Gina. “Em um primeiro momento, quase todas as inscrições que recebemos foram de homens, mas fomos buscar no mercado empreendedoras mulheres”. 

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Totalmente digital 

Esse primeiro programa vai contar com uma rede de cerca de 50 mentores. Todas as atividades da Latitud funcionarão digitalmente — mesmo quando a pandemia passar. “Nunca teremos um espaço físico. Com o formato online, conseguimos conectar as pessoas mais rápido e oferecer os melhores mentores de diversos lugares do mundo”, diz Requarth. 

A Latitud ainda não tem um modelo de negócio definido e também está estudando como serão os próximos programas e atividades. Atualmente, a iniciativa não tem planos de atuar como um fundo de capital de risco. “Nesse sentido, vamos começar conectando as startups com capital, já que conhecemos muitos fundos”, afirma o cofundador da Viva Real. Os projetos da Latitud podem ser acompanhados neste site

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