Israel deve liderar setor de segurança na Web

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois que um hacker conseguiu entrar na rede interna da Microsoft, as preocupações com segurança voltaram a ser assunto na indústria. O valor de US$ 3 bilhões do mercado mundial de segurança de rede deve quadruplicar em 2004 e, segundo analistas da indústria, as empresas especializadas de Israel crescerão simultaneamente. A experiência em guerras e o conhecimento da inteligência militar do país ajudou a criar uma aura de superioridade em relação a produtos de segurança. Para o diretor de pesquisas do Gartner Group, Richard Stiennon, ?Israel tornou-se um centro de especialistas no assunto, conseguindo prever as tendências do mercado.? As empresas não têm levado a questão de segurança tão a sério como deveriam, de acordo com a firma de consultoria KPMG. Um levantamento do instituto de pesquisas Computer Security Institute constatou que 273 organização somaram perdas no valor de US$ 266 milhões decorrentes de problemas com segurança. Stiennon, porém, acredita que os riscos são ainda maiores, já que as empresas hoje estão abrindo suas redes para mais conexões. ?As conexões têm que ser filtradas e controladas?, disse Steve Hunt, vice-presidente da firma de consultoria Giga Information Networks. ?Antes podíamos proteger as redes inibindo o tráfego, agora temos que protegê-las abrindo para novos tráfegos.? Check Point Um dos exemplos de como Israel pode liderar o setor de segurança na Internet é a A Check Point Software Technologies. A companhia, fundada em 1993, previu a necessidade de firewalls para proteger redes e computadores de uma empresa. Nos primeiros nove meses deste ano, a empresa registrou lucro líquido de US$ 140,2 milhões, ou US$ 0,80 por ação diluída. Desde 1996, quando lançou suas ações na Nasdaq a US$ 6, seu valor no mercado aumentou para US$ 19,18 bilhões empresa. Na terça-feira suas ações fecharam a US$ 123,25 cada. Esse sucesso é uma amostra das empresas de Israel, que esperam crescer no rentável setor de segurança. Muitas delas são privadas e ainda estão perdendo dinheiro, mas outras planejam sua oferta pública inicial (IPO, em inglês) na Nasdaq e esperam equilibrar as contas dentro de 18 meses. Stiennon disse que as empresas de Israel estão ocupando o segundo lugar no mercado de ações depois dos Estados Unidos. ?Elas oferecem produtos que agregam valor, por isso devem alcançar lucratividade rapidamente.?

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.