Projeto Ara funciona com estrutura capaz de receber módulos, contendo processadores, telas ou baterias extras

SÃO PAULO – Já parou para pensar como seria um celular no qual você pudesse trocar os componentes, colocando um novo processador, uma bateria extra ou um teclado diferente, como se faz em um jogo de Lego?

Pois é. O conceito que já existia com os Phonebloks, criado pelo holandês Dave Hakkens, a fim de evitar o desperdício eletrônico, vai virar realidade pelas mãos da Motorola com o Projeto Ara, divulgado nessa segunda-feira, 28.
Segundo a própria companhia, “o desenho do Projeto Ara consiste no que chamamos de um endoesqueleto (ou endo) e módulos. O endo é uma estrutura fixa que segura os módulos em seu lugar. Um módulo pode ser qualquer coisa, de um processador a uma nova tela, passando por um teclado, uma bateria extra ou qualquer coisa que nós ainda não criamos”.

A Motorola, que foi comprada pelo Google em 2012, deve começar a enviar kits de desenvolvimento para criadores de módulos nos próximos meses.
A ideia promete uma revolução nos smartphones: afinal, é o que permitirá ao usuário escolher os melhores acessórios para seu celular, em combinações que nem sempre são oferecidas pelas fabricantes, como uma grande câmera ao lado de pouco armazenamento, por exemplo. Cenas dos próximos capítulos, em breve.
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