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Qualcomm adverte Nokia sobre disputa quanto a royalties

Nokia já se queixou das taxas de licenciamento praticadas pela Qualcomm

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Por Agencia Estado
Atualização:

O grupo norte-americano de tecnologia para celulares Qualcomm alertou nesta quarta-feira que uma longa disputa com a Nokia poderia se agravar e resultar em processos judiciais, caso a empresa finlandesa suspenda os pagamentos de royalties. A empresa dos Estados Unidos está negociando com a Nokia a prorrogação de acordos de licenciamento que expiram em abril, mas a gigante finlandesa dos celulares quer que a Qualcomm cobre menos. Segundo analistas, o impasse pode levar a Nokia a suspender os pagamentos de cerca de US$ 500 milhões ao ano que faz à Qualcomm. "É evidente que, se a Nokia está vendendo produtos que empregam nossa propriedade intelectual e não pagar royalties, teremos de tomar medidas para proteger os nossos interesses", disse o presidente-executivo da Qualcomm, Paul Jacobs, em entrevista durante a ITU Telecom World 2006, em Hong Kong. Ele também desconsiderou os comentários do presidente-executivo da Ericsson, Carl-Henric Svanberg, no começo desta semana. Svanberg se declarou otimista quanto à possibilidade de a Qualcomm reduzir os royalties que cobra, diante das queixas da Ericsson e de outras fabricantes de equipamentos para telecomunicações de que o grupo norte-americano está cobrando demais pelas patentes. "Qualquer idéia de que vamos reduzir nossos royalties é especulação neste momento", disse Jacobs. A Qualcomm já abriu processos contra a Nokia nos EUA. A equipe jurídica da empresa norte-americana exploraria outras possibilidades judiciais e possivelmente abriria novas ações em acréscimo às existentes em caso de necessidade, disse Jacobs, sem acrescentar detalhes. Matsushita Electric Industrial, Broadcom, NEC e Texas Instruments também se queixam de que os royalties cobrados pela Qualcomm superam o padrão da indústria. As ações da Qualcomm caíram em cerca de 30 por cento nos últimos seis meses, em parte devido à incerteza fomentada pelas disputas judiciais que já têm com a Nokia e outras empresas.

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