"Fiquei muito animado de visitar uma loja das Casas Bahia e ver nosso produto à venda", disse o executivo-chefe da Lenovo, Yuanqing Yang, em um hotel de São Paulo. "Mas era somente um modelo. Queremos estar presentes no varejo com todo o nosso portfólio." Nesta semana, sete dos principais executivos globais da Lenovo visitam o País. Antes de chegar a São Paulo, eles visitaram o Rio de Janeiro e conheceram o Cristo Redentor e a praia de Copacabana. "Viemos conhecer o mercado e a cultura do Brasil."
Quarta maior fabricante de PCs do mundo, a Lenovo tem planos ambiciosos para o País. A fabricação local é terceirizada para as empresas Flextronics, Quanta e Compal. A capacidade contratada está em cerca de 400 mil a 500 mil unidades por ano. "Queremos dobrar a capacidade de produção em 12 meses, e atingir uma participação de mercado de dois dígitos em dois a três anos", afirmou Rory Read, presidente e diretor de operações da Lenovo. Atualmente, a Lenovo tem menos de 3% do mercado brasileiro.
O objetivo da empresa é crescer no varejo e no mercado de pequenas e médias empresas. A companhia lidera as vendas para governo no País e tem uma boa fatia do mercado de grandes empresas, continuação do trabalho que vinha sendo desenvolvido pela IBM.
No fim do ano passado, a Lenovo tentou comprar a brasileira Positivo Informática, maior fabricante de PCs do Brasil. As empresas não chegaram a um acordo em relação ao preço. A Positivo é forte principalmente no varejo. "Estamos sempre abertos a conversar", disse Yang. "O alvo precisa ser consistente com a nossa estratégia e o preço precisa ser o correto."
Mais informações no Estado de hoje, 11/12 ("Lenovo faz aposta no varejo", para assinantes, p. B16).