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Por dentro das inovações em serviços financeiros

Fintechs podem sair mais fortes da crise

Por Guilherme Horn
 

Não vai ser fácil para a grande maioria das fintechs atravessar esta crise. Para a maior parte delas, a demanda caiu fortemente, jogando a receita para níveis muito baixos, impondo um grande desafio na redução de despesas, porém sem que isto represente um enfraquecimento da capacidade de crescimento, que será necessária no período pós-crise. Não é uma equação simples.

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Com as fintechs de crédito, acontece um fenômeno diferente. A demanda cresceu fortemente, porém deve ser acompanhada do aumento da inadimplência, o que representa um risco adicional para o negócio. Além disso, o funding para as carteiras de crédito ficou escasso. As que usavam FDICs como fonte estão enfrentando o desafio dos resgates dos investidores. As que usam outras fontes enfrentam um maior rigor de liquidez.

Entretanto, o momento é propício para a adoção de novas soluções pelo consumidor. Na Europa, um estudo publicado na Forbes apontou crescimento de 72% no uso de apps de fintechs após o coronavírus. Várias delas têm registrado crescimento no número de downloads de seus aplicativos, na base de usuários, no uso de suas soluções. O mundo está mais digital, porque não há outra alternativa. Muitos bancos não estavam preparados para uma adesão em massa dos consumidores às ferramentas digitais. Estão todos correndo contra o tempo, porém há gaps ainda grandes que não serão superados no curto prazo. Este é um momento precioso para as fintechs que conseguirem aproveitar a pré-disposição do consumidor em adotar o digital. O coronavirus está fazendo-as economizar  um enorme volume de dinheiro que precisaria ser gasto em conteúdo e comunicação, para que o consumidor se convencesse a mudar seus hábitos. É hora das fintehcs focarem em como aproveitar este empurrão que a crise está lhes entregando de bandeja!

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