Telco tem 10 dias para recorrer à CVM, ações da TIM saltam 29%

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O consórcio Telco, que controla a Telecom Italia e, indiretamente, a TIM Participações, tem 10 dias úteis para recorrer ao colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a decisão que o obriga a fazer uma oferta pública pelas ações ordinárias da TIM. Os papéis com direito a voto da companhia subiam mais de 29 por cento na Bovespa, negociadas a 6,87 reais, às 13h35, diante da decisão anunciada pela própria TIM na manhã desta sexta-feira. No mesmo horário, o Ibovespa caía 1,9 por cento. O superintendente de registro de valores mobiliários da CVM, Felipe Claret, explicou à Reuters que, desde a compra da holding Olimpia pelo consórcio Telco em 2007, a autarquia iniciou um processo para analisar a operação. "Foram pilhas e pilhas de papéis que recebemos dos minoritários, seus advogados, pareceres que eles encomendaram a especialistas. Foi uma decisão muito difícil e, por isso, demorou tanto", afirmou. Após a análise, a superintendência chegou à conclusão que "a sociedade Olimpia exercia, embora com 18 por cento das ações, poder de controle de fato" da Telecom Italia e da TIM e, por isso, a transação exige a oferta pelos papéis em circulação no Brasil. A TIM tem algo como 150 milhões de ordinárias no mercado, o que, ao preço desta sexta-feira, levariam a OPA a pouco mais de 1 bilhão de reais. A Telefónica, maior acionista do consórcio Telco, não se pronunciou sobre a decisão até o momento na Espanha ou mesmo no Brasil. Caso acate a decisão, a Telco deve lançar o edital da oferta pública em 30 dias, como explicou Claret. As ações da Portugal Telecom também subiam, diante da expectativa de investidores de que a OPA faça com que as sócias da Vivo revejam a atual estrutura de controle, em que Portugal Telecom e Telefónica dividem o capital em partes iguais. Procurada, a subsidiária brasileira da Portugal Telecom também não quis se manifestar.

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