Telefonia de longa distância deve movimentar R$ 13 bihões este ano

Do volume de tráfego do ano passado, 88% corresponderam a longa distância nacional e 12% ao de longa distância internacional

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Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado de telefonia de longa distância deve movimentar este ano receita de R$ 13,1 bilhões, com crescimento de 9% sobre os R$ 12 bilhões do ano passado, quando o aumento sobre o ano anterior ficou em 18%. Os dados são do estudo Brazil Long Distance Telephony Market, da consultoria IDC Brasil, que mostra que, do volume de tráfego do ano passado, 88% corresponderam a longa distância nacional e 12% ao de longa distância internacional. Para o analista de telecomunicações da IDC, João Bustamante, as receitas com os serviços de voz de longa distância ainda apresentarão leve crescimento nos próximos anos, com uma média anual de 6,5% entre 2000 e 2006. O tráfego, no entanto, deve apresentar taxas de crescimento ligeiramente maiores, de 7% no mesmo período. O analista destaca que o número considera apenas o tráfego na rede pública, detida pelas concessionárias e espelhos de telefonia. "Mas há uma tendência mundial de migração de parte do tráfego de longa distância para redes privadas", afirma Bustamante. O estudo aponta a tendência de aumento na guerra de tarifas, estimulada pela entrada de novos operadoras no segmento, a exemplo de Telemar e Telefônica, que iniciaram nos últimos meses o completamento de chamadas internacionais e nacionais. A IDC aposta na estabilização das receitas com esses serviços a partir de 2006, quando o segmento deve registrar apenas crescimento vegetativo. "Esse movimento já pode ser observado em mercados mais maduros, como os Estados Unidos, onde as perspectivas de receitas totais de longa distância indicam uma queda média de -4,1% ao ano", diz Bustamante. Em minutos de tráfego, o levantamento da IDC registrou em 2001 um total de 41 bilhões de minutos, sendo 65% do segmento corporativo e 35% de usuários residenciais. Segundo o analista, a participação do segmento corporativo nas receitas de longa distância continuará a crescer nos próximos anos, superando 70% até 2006, refletindo maior consumo destes serviços pelo segmento de pequenas e médias empresas. Quanto ao perfil de tráfego no Brasil em 2001, cerca de 38% do total de longa distância nacional foi na região 3 (Estado de São Paulo); 29% na região 2 (Centro-Oeste, Sul e Norte) e 33% na região 1 (parte da região Sudeste, Norte e Leste).

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