PUBLICIDADE

Um clássico ressurge em grande estilo

No game para PC ‘Need for Speed Undercover’, você precisa enganar os bandidos fugindo da polícia em alta velocidade

PUBLICIDADE

Por Jocelyn Auricchio
Atualização:

Em 1994, um game revolucionário mudou a forma como os jogos de corrida automobilística eram encarados. Need for Speed, criado pela Electronic Arts para o 3DO, um videogame de 32 bits que fez pouco sucesso pelo mundo, fez história ao incorporar elementos de diferentes jogos em uma combinação bem dosada e com acabamento impecável. Perseguições policiais, veículos reais, boa trilha sonora e gráficos inacreditáveis para a época fizeram Need for Speed conquistar o público, que ficou fiel seguidor da série por quase todas as encarnações que teve. Mas, em 2003, a série deu uma guinada rumo ao mundo do tuning, a personalização de veículos e corridas clandestinas. O que parecia ser uma boa idéia foi rapidamente perdendo o brilho, ao ponto de fazer o último game da série, ProStreet, ter aceitação bastante limitada entre os jogadores. Para recuperar seu público, a empresa responsável pelo jogo decidiu voltar às origens e revitalizar a série. O resultado é o competente Need for Speed Undercover (NFSU), game que o Link testou com exclusividade no Brasil. O clima dos primeiros jogos da série foi totalmente recuperado em NSFU. Logo quando começa, o jogo já dá um show de gráficos. A imagem que ilustra essa página é tirada diretamente do jogo, sem nenhum retoque. O apuro gráfico é tão grande que existe até um modo de jogo que consiste em fotografar o carro. O capricho é tanto que um carro de verdade, o Nissan 370Z, foi lançado dentro do jogo. DE VOLTA AO CAMINHO Mas é quando o motor ronca e a ação fica incontrolável que Undercover brilha. O jeitão do jogo agrada bastante. Não existem fases lineares. Toda a ação se desenrola em grandes áreas metropolitanas e quando uma missão ou evento fica disponível, uma mensagem aparece na tela. Em vez de forçar o jogador a encontrar determinado ponto no mapa, uma telinha que simula um navegador GPS manda o jogador diretamente para o meio da ação. A coisa esquenta quando o jogador é avistado pela polícia. Viaturas e mais viaturas aparecem em perseguição frenética, bloqueios policiais são erguidos nas ruas e para escapar, só com muita habilidade. Andaimes e letreiros na estrada podem ser destruídos e usados para atrasar a polícia. FILME B Em alguns momentos do jogo, vídeos contam a história do personagem e de como ele vai se infiltrando dentro do submundo. Sua chefe na polícia, protagonizada pela atriz Maggie Q (foto ao lado), que foi a vilã no filme Duro de Matar 4.0 e atuou em Missão Impossível III, aparece de maneira fundamental para o desenrolar da trama. Ela é a líder de uma divisão especial da polícia que tem como missão desbaratar quadrilhas especializadas em crimes envolvendo carros. Como existe a desconfiança de que um esquema de corrupção pode estar contaminando as investigação na base da própria polícia, o disfarce precisa ser tão perfeito que nenhum membro da força policial que trabalha na rua pode saber que seu personagem é, na verdade, um corredor a serviço da justiça. Para não deixar sombra de dúvidas de que é realmente um criminoso, você pode – e deve – despistar a polícia usando todos os meios ao alcance. As negociatas e os chefes das gangues de ladrões também são mostradas em vídeo no decorrer do jogo. Mesmo com produção caprichada, a atuação exagerada e o clima forçado de operação secreta dá um sabor de filme B aos vídeos. Isso, na verdade, até ajuda ao jogo, pois dá um sabor particular ao roteiro e acaba amplificando a experiência final. Ideal para os fãs, NFSU é extenso e divertido. Fichatécnica NEED FOR SPEED UNDERCOVER ELECTRONIC ARTS PLATAFORMA | PC PREÇO | R$ 100 WEB | www.brasil.ea.com DETALHES | O game recupera a identidade da franquia de corrida ‘Need for Speed’, com perseguições policiais implacáveis, gráficos realistas e veículos baseados em modelos reais, licenciados para serem usados dentro do game e fielmente reproduzidos. O jogo foi lançado no exterior para Xbox 360, PlayStation 3, PlayStation 2, Wii e PSP

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.