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Tabaréu. Feminino: tabaroa.

Tabelião. Flexões: tabeliã (prefira), tabelioa e tabeliães.

Tabu. Pode ser substantivo: o tabu do sexo, sociedade cheia de tabus. E adjetivo, com plural regular: assunto tabu, palavras tabus.

Tábua, tabuada. Com u.

Taça. Com inicial maiúscula antes do nome que determina: Taça Brasil, Taça de Prata. Com minúsculas, porém, na segunda referência: a taça, essa taça, conquistou a taça.

Tacha, taxa. Tacha - pequeno prego ou mancha; taxa - tributo, imposto.

Tachar, taxar. Com o significado de

acusar, censurar, pôr defeito em, o correto é tachar: O deputado tachou o adversário de corrupto. / Eles o tacharam de leviano. Taxar quer dizer impor tributo a: Os governos taxavam o país a mais não poder.

Tal. Concorda com o substantivo a que diz respeito: Que tal o clima da cidade? / Que tais os ares do campo?

Talvez. Exige subjuntivo quando vem antes do verbo: Você talvez o conheça melhor que nós. / Este talvez seja o seu trabalho mais representativo. Se estiver depois do verbo, o tempo usado será o indicativo: É talvez o melhor de todos.

Tamanho do texto

1 - O ideal é que o repórter, antes de sair para uma cobertura, já saiba quantas linhas deve escrever e dessa forma colha os dados de acordo com o tamanho da notícia ou reportagem. Evidentemente, se esta se tornar mais importante que o previsto, seu número de linhas poderá ser ampliado.

2 - Nunca hesite em dizer que os dados que você conseguiu não dão um determinado tamanho. É preferível que você escreva um texto curto e objetivo a ficar acrescentando pormenores sem importância à notícia apenas para chegar ao número de linhas pedido.

3 - Se o editor determina ao repórter ou redator um texto com x linhas, é porque a matéria já está prevista ou diagramada nesse tamanho, que deverá ser rigorosamente observado. A falta ou excesso de linhas sempre acarreta problemas sérios na diagramação da página e conseqüentes atrasos na edição. Por isso, se os dados disponíveis (seja de reportagem, seja de texto reescrito) forem insuficientes para completar a extensão exigida ou muito superiores a ela, avise o editor antes de liberar o texto - a tempo, portanto, de que qualquer reformulação possa ser feita.

4 - As indicações de número de linhas das matérias das sucursais, correspondentes e enviados especiais deverão também obedecer com rigor à previsão encaminhada à sede do jornal: lembre-se sempre de que o editor orientará a diagramação da página segundo os dados que você mesmo lhe forneceu. Qualquer mudança nessa previsão depois da página diagramada prejudicará o fechamento.

Tampão. Liga-se com hífen a outro substantivo: prefeito-tampão, mandatos-tampão.

Tampouco, tão pouco. 1 - Sempre numa única palavra para expressar também não: Não saiu, tampouco conseguiu dormir. 2 - Tão pouco usa-se em frases como: Tão pouco entusiasmo. / Em tão pouco tempo. / Nunca fez tanto por tão pouco (sentido de pequeno ou pouca coisa). Neste segundo caso, existe também tão poucos: Nunca havia recebido tão poucos amigos em casa (ou tão poucas manifestações de apoio).

Tanto como, tanto quanto. 1 - Existem as duas formas: Tanto o pai como (ou quanto) o filho... 2 - Concordância. Verbo no plural: Tanto o governo quanto (ou como) o Congresso aprovaram a decisão. 3 - Diante de adjetivo, tanto assume a forma tão: É tão inteligente quanto (ou como) o pai.

Tanto faz... Fica invariável:Tanto faz dois como três anos. / Tanto faz cinco quanto dez reais (e não "fazem").

Tão pouco. Ver tampouco, tão pouco.

Tão-só, tão-somente. Com hífen.

Tato. Sem c, assim como tatear, tátil, etc.

Taxa. Ver tacha, taxa

Taxar. Ver tachar, taxar

Tecelão. Flexões: tecelã (prefira), teceloa e tecelães.

Te-déum. Desta forma. Plural: te-déuns.

Tele... Liga-se sem hífen à palavra ou elemento de composição seguinte: teleator, telecomunicações, teleobjetiva, telerradiográfico, telessonda, teleteatro. No caso de telespectador, faz-se a fusão dos dois ee.

Telefone. 1 - Informações são dadas pelo telefone tal, e não "para" o telefone tal. 2 - Uma pessoa fala "ao" telefone e não "no" telefone. 3 - Use hífen para separar o prefixo e parênteses nos interurbanos: 223-7932, 0800-342311, (021) 462-5476.

Telefonema. Masculino: um telefonema, os telefonemas.

Televisão. 1 - Para identificar o meio de comunicação, use televisão, TV ou tevê, nesta ordem de preferência (nunca, porém, Tv ou tv). 2 - Antes do nome da emissora, adote formas TV ou Rede, conforme o caso, em corpo normal: TV Globo, Rede Globo. 3 - Canal 4, canal 7, etc., só na programação de TV e por economia de espaço; nos demais casos, indique sempre o nome da estação ou rede: TV Bandeirantes, Rede Manchete. Lembre-se: essa designação (canal 2, canal 11) vale apenas para a capital paulista e arredores, pois no interior (sistema UHF) e em outros Estados a numeração é diferente.

Televisionar. Prefira esta forma, assim como televisionamento, a televisar e televisamento.

Telex. Use telex (pronúncia: telex): um telex, dois telex.

Tem, têm. 1 - Tem indica o singular: Ele tem muitos amigos. / O País tem muitas dívidas. Nos derivados de ter, quando igualmente no singular, usa-se o acento aberto: mantém, contém, detém, sustém. 2 - Têm designa o plural: Os dois têm muitos amigos. / Os países subdesenvolvidos não têm como pagar suas dívidas. Nos derivados, o acento se conserva: mantêm, contêm, detêm, sustêm.

"Tem gente". Uso errado do verbo ter. Ver havia muitas pessoas e ter (como existir), nesta página.

"Temos", "tivemos". O noticiário deve ser impessoal. Por isso, em vez de "temos", "tivemos", etc., recorra a haver, existir e outras formas: No Brasil existe muita desigualdade social (e não: No Brasil"temos" muita desigualdade social). / Houve muitos acidentes nas estradas no feriado (e não: "Tivemos" muitos acidentes nas estradas no feriado).

Temperatura. É alta ou elevada, baixa ou reduzida. frio ou quente usa-se para tempo, dia, manhã, tarde, noite, etc.

Temperatura (conversão)

1 - Para converter grau Farenheit em Celsius (centígrado), faça a seguinte operação: subtraia 32 do valor Farenheit, multiplique o resultado por 5 e divida por 9. Exemplo: converter 104 graus F em centígrados. Subtraia 32 (104-32=72), multiplique por 5 (72x5=360) e divida por 9 (360:9=40). Portanto, 104 graus F equivalem a 40 graus C ou centígrados.

2 - Para converter grau Celsius (centígrado) em Farenheit, faça esta operação: multiplique o grau C por 9, divida o resultado por 5 e acrescente 32. Exemplo: converter 20 graus C em F. Multiplique por 9 (20x9=180), divida por 5 (180:5=36) e acrescente 32 (36+32=68). Portanto, 20 graus C equivalem a 68 graus F.

3 -Como 32 graus F equivalem a 0 grau C, números abaixo de 32 na escala F darão resultado negativo em graus C. Assim, 14 graus F equivalem a -10 graus C e 0 grau F corresponde a -17,8 graus C.

4 - Os números obtidos nem sempre são inteiros. Assim, 78 graus F correspondem a 25,6 graus C e 42 graus C equivalem a 107,2 graus F.

Temporão. Plural: temporãos. Feminino: temporã.

Tenção, tensão. 1 - Tenção equivale a intuito, intenção: Não fez tenção de voltar. / Sua tenção é sair já. 2 - Tensão corresponde a estiramento, rigidez ou estado físico: A tensão que o cargo lhe causava era insuportável. / Tensão muscular, tensão arterial, tensão superficial.

Ter (abuso). Use o verbo ter livremente, nos seus sentidos habituais e corretos; evite, porém, transformá-lo em verbo-ônibus (como sinônimo de praticamente todos os demais), especialmente nos títulos, apenas por causa do seu reduzido número de letras. Veja alguns exemplos reais e no mínimo discutíveis: Bancos peruanos têm liminar / Bispo cancela missa que UDR teria em Bagé / Deputado tem aplauso do governo / Estados e municípios têm 60 milhões / Ladrão de carro tem pena até o ano 2010 / Fiscais têm 50 denúncias, mas não autuam empresas. Repare até que alguns títulos não só não ficam claros como admitem dupla interpretação.

Ter (como existir). Haver é que significa existir, e não ter. Use, pois, estas formas: Não há problema (em vez de Não "tem" problema). / Há muita gente lá (em vez de "Tem" muita gente lá). / Não havia solução (em vez de Não "tinha" solução). / Não há de quê (em vez de Não "tem" de quê). / Não houve jeito (em vez de Não "tem" jeito). Atenção: enquadram-se neste caso (são erradas) frases como: Hoje "tem" Palmeiras x São Paulo. / Na página 8 "tem" Madonna. / Não "tem" saída para o País. / "Teve" de tudo ontem em São Paulo. / onde "tem" Brasil "tem" Telebrás. / "Tem" dia para tudo.

Ter (conjugação). Pres. ind.: Tenho, tens, tem, temos, tendes, têm. Imp.ind.: Tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham. Pret. perf. ind.: Tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram. M.-q.-perf.ind.: Tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram. Fut.pres.: Terei, terás, terá, teremos, tereis, terão. Fut.pret.: Teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam. Pres.subj.: Tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham. Imp.subj.: Tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem. Fut.subj.: Tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem. Imper.afirm.: Tem tu, tenha você, tenhamos nós, tende vós, tenham vocês. Imper. neg.: Não tenhas tu, não tenha você, não tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham vocês. Infin.: Ter. Flexionado: Ter, teres, ter, termos, terdes, terem. Ger.: Tendo. Part.: Tido.

Ter (derivados). Atenção para seis tempos: Pres.ind.: Mantém (singular), mantêm (plural); detém, detêm; retém, retêm; entretém, entretêm; contém, contêm; obtém, obtêm. Imp.ind.: Mantinha, detinha, retinha, entretinha, continha, obtinha (e nunca "mantia", "detia", "retia", "entretia", etc.). Pret.perf.ind.: Manteve, deteve, reteve, entreteve, conteve, obteve (e nunca "manteu", "deteu", "reteu", "entreteu", etc.). M.-q.-perf.ind.: Mantivera, detivera, retivera, entretivera, contivera, obtivera (e nunca "mantera", "detera", "retera", "entretera", etc.). Imp.subj.: Mantivesse, detivesse, retivesse, entretivesse, contivesse, obtivesse ()e nunca "mantesse", "detesse", "retesse", "entretesse", etc.). Fut.subj.: Mantiver, detiver, retiver, entretiver, contiver, obtiver (e nunca "se eu manter", "deter", "reter", "entreter", etc.). Conjugam-se da mesma forma: abster-se, ater-se e suster.

Terceiro Mundo. 1 - Com maiúsculas e sem hífen. 2 - Palavras derivadas: terceiro-mundismo e terceiro-mundista. 3 - Os outros dois mundos são os países capitalistas desenvolvidos e o antigo bloco comunista. 4 - Não use a forma "3º Mundo".

Ter de Use ter de em vez de ter que quando o sentido for de necessidade, obrigação, desejo ou interesse: O Brasil terá de importar arroz. / Temos de prever as despesas do próximo semestre. / O trabalho tem de ser iniciado hoje. / Eles tinham de sair cedo. / A prefeitura teve de indenizar os desapropriados.

Teresa, Teresina. A menos que se trate de mulher que grafe o nome com h ou z, use sempre s em Teresa e derivados: Madre Tersa de Calcutá (traduzido), imperatriz Teresa Cristina, Santa Teresa (bairro ou religiosa), Teresinha do Menino Jesus, Teresina, Teresópolis, etc.

Ter lugar. Como sinônimo de realizar-se, ocorrer, dar-se, suceder, prefira qualquer uma destas formas: A reunião será realizada amanhã. / O incêndio ocorreu ontem.

Terminar mais infinitivo. Com infinitivo, use acabar e não terminar: Acabou de fazer, acabou de sair, acabou de escrever (e não terminou de fazer, terminou de sair, terminou de escrever).

Termo... 1 - Liga-se sem hífen ao elemento seguinte: termodinâmica, termonuclear, termorreceptor, termossifão. 2 - Mantenha o o do prefixo mesmo quando o segundo elemento começar por vogal: termoatômico, termoelétrica.

Terra. 1 - Sempre com inicial maiúscula quando se referir ao planeta: A Terra tem 4,5 bilhões de anos. / A Terra é azul. 2 - No sentido de chão firme (opondo-se a mar e ar), rejeita o artigo: Estava em terra. / Terra à vista. / Deixou os filhos em terra. / Viajou por terra. Desceremos hoje a terra (e não "à terra").

Terreno de marinha. Desta forma, e não terreno "da Marinha" (trata-se de área situada junto ao mar ou à margem de certos rios e lagoas).

Ter tido. Ter pode ser auxiliar de si próprio: Tinha tido, tenho tido, tínhamos tido.

Tetraneto. Ver bisneto, trineto, tetraneto.

Tetravô. Ver bisavô, trisavô, tetravô.

Tevê. Ver televisão.

Têxtil. Desta forma. Plural: têxteis.

Texto-legenda. 1 - Como é ao mesmo tempo uma notícia e uma legenda, deve, por isso, descrever a fotografia e relatar o fato ao leitor, em linguagem direta e objetiva. Recomenda-se que o texto-legenda preencha de três a cinco linhas cheias ou o que a Diagramação determinar. Em casos excepcionais, admite-se um pouco mais e, raramente, menos. Não existe parágrafo no texto-legenda, nem inicial nem intermediário.

2 - O ideal é que o texto-legenda contenha pelo menos duas frases, a primeira descritiva e a segunda, complementar e informativa. Como título, reproduza algum pormenor da notícia ou mesmo a sintetize:

Visita "protocolar"

O general João de Almeida passa em revista a tropa formada em sua homenagem na Academia Militar das Agulhas Negras. O oficial fez ontem uma visita ''meramente protocolar'' à escola.

3 - Se necessário, para ganhar espaço, o texto-legenda pode assumir caráter informativo na sua totalidade. Evite apenas, por uma questão de ritmo, que o texto se resuma a uma única frase, dividindo sempre o período em duas ou mais orações:

Praia sem sol

Depois de horas de congestionamentos nas estradas, o paulistano aproveitou o mormaço do domingo e lotou as praias, entre elas a da Enseada, no Guarujá. A Dersa prevê um retorno também complicado: mais de 500 mil carros passaram ontem pelos pedágios do sistema Anchieta-Imigrantes.

4 - Eventualmente, o texto-legenda pode funcionar como chamada de primeira página para assunto que o jornal desenvolva em outro local da edição:

Terminal do desespero

As crianças têm sido as principais vítimas da desorganização no Terminal Rodoviário do Tietê. Muitas desembarcam sozinhas e chegam a esperar horas até serem encontradas por quem vai buscá-las. Há também muita sujeira e assaltos na rodoviária.

Tigres asiáticos. Inicial minúscula: O Brasil quer negociar com os tigres asiáticos.

Times de futebol. 1 - São masculinos na quase totalidade: o Palmeiras, o Flamengo, o Pinheiros, o Estudiantes, o Sporting, o Arsenal, o Racing, o Milan. Há algumas exceções, no entanto, e o Estado as respeita. Brasil: a Portuguesa, a Ponte Preta, a Internacional (Limeira), a Esportiva (Guaratinguetá). Itália: a Roma, a Internazionale, a Juventus, a Fiorentina, a Sampdoria, a Udinese e a Lazio. Portugal: a Acadêmica (Coimbra). América Latina: a Universidad (de vários países).

2 - Use o nome dos times conforme eles estejam registrados: Corinthians, Mogi Mirim, Novorizontino, Pirassununguense, Sãocarlense, Coritiba, Sport, Goytacaz, Mixto, Paysandu, etc.

3 - Os times estrangeiros que tenham nome de cidade conservarão a denominação original: Napoli (de Nápoles), Genoa (de Gênova), Milan (de Milão), Torino (de Turim), Bologna (de Bolonha), Real Madrid (de Madri), Zaragoza (de Saragoça), Sevilla (de Sevilha), Anvers (de Antuérpia), Genève (de Genebra), etc. Exceção: Colônia, de Colônia (Köln em alemão).

Tintim. Desta forma: tintim por tintim (e não "tim-tim" ou "tim tim").

"Tio Sam". Não use. A expressão tem caráter depreciativo.

Tipo. Aceitável apenas na linguagem coloquial (mas não nos textos formais do jornal) em frases como: Um grupo de empresários esteve na cidade tipo assuntando./Era um homem tipo quem tudo sabe./Era uma mulher tipo perua.

Tique, tique-taque. Tique, cacoete, já está aportuguesado. Use também tique-taque (imitação do som do relógio).

"Tirar uma posição". Lugar-comum. Não use.

Tireóide. Mantenha sempre o e: tireodidectomia, tireoidismo, tireoidite. O adjetivo correspondente é tireóideo.

Título. Liga-se com hífen a outro substantivo: idéia-título, papéis-título.

Títulos

Instruções gerais 1 - O título deve, em poucas palavras, anunciar a informação principal do texto ou descrever com precisão um fato: Governo desiste de aumentar impostos / Assaltantes roubam 500 mil e prendem 12 reféns. 2 - Procure sempre usar verbo nos títulos: eles ganham em impacto e expressividade. 3 - Para dar maior força ao título, recorra normalmente ao presente do indicativo, e não ao pretérito: Israelenses e palestinos assinam (e não assinaram) acordo de paz / Reitor chama (e não chamou) polícia para poder trabalhar. 4 - Nos textos noticiosos, o título deverá obrigatoriamente ser extraído do lead; se isso não for possível, refaça o lead, porque ele não estará incluindo as informações mais importantes da matéria. 5 - Use inicial maiúscula apenas na primeira palavra do título e nos nomes próprios: Ministro pode ser indiciado / Pacifistas fazem protesto diante da Casa Branca. 6 - Os títulos no Estado vão sempre em letras minúsculas (caixa-baixa). Só faça títulos inteiramente em maiúsculas (caixa-alta) em casos muito especiais. Por exemplo, em manchetes que exijam maior destaque que as normais. 7 - Nenhuma palavra do título poderá ser separada no fim da linha (nem mesmo as ligadas por hífen). 8 - Evite igualmente partir nomes próprios constituídos de dois ou mais vocábulos. Exemplos: Protesto diante da Casa Branca termina em tumulto Novo LP de Roberto Carlos bate recorde. 9 - Não repita palavras na mesma página (à exceção de artigos, preposições e contrações curtas). 10 - Evite fórmulas semelhantes de títulos na mesma página (a não ser intencionalmente, para fazer jogo de títulos): O Brasil vai bem, afirma o presidente / Os Estados precisam de recursos, diz o governador. 11 - Esteja atento para que o título da chamada de primeira página e o da mesma notícia colocada no interior do jornal não sejam rigorosamente iguais. 12 - O Estado não usa títulos com ponto. Assim, estão vetados exemplos como estes: O Metrô reconhece que errou. E pune seus funcionários / O Brasil joga. Para buscar a classificação. 13 - A não ser que você faça um título propositadamente centrado, evite deixar muito branco nas linhas (no máximo um ou dois sinais). Da mesma forma, procure tornar o conjunto das linhas harmônico e agradável. 14 - Importante: respeite com rigor o limite de sinais estabelecido para cada título. Caso contrário, ele terá de ser reduzido, tornando a página um verdadeiro catálogo de tipos.

Instruções específicas

1 - Abreviaturas. Evite abreviar nomes próprios: P. Ferreira, P. Alegre, E. Santo, J. Paulista, C. Verde, R. Carlos, F. Henrique Exceção: S. (de São e Santo), como em S. Caetano, S. Catarina, S. Amaro, etc. Mas, quando possível, use São e Santo por extenso. E não abrevie a indicação dos cargos das pessoas, principalmente como recurso para ganhar sinais nos títulos: gen. Almeida, gov. Pereira, alm. Valença. Só são admitidas reduções das formas de tratamento, como dr. Jatene, d. Eugênio, pe. Eurico.

2 - Adjetivação. O adjetivo, por mais forte que seja, não substitui a informação específica: Comissão propõe profundas mudanças no IR / Realizado o maior assalto a banco do ano. / Governo baixa medidas duras para tentar conter o déficit. / Média de mortes teve aumento brutal. Profundas, maior, duras e brutal, no caso, não dão as informações essenciais: quais e o valor.

3 - Artigo. Pode ser dispensado, na maior parte dos casos, para economizar sinais: Deputado acusa CUT / Peso do pacote divide governo. Conserve obrigatoriamente o artigo, porém, nas formas de valor absoluto, como o maior, o menor, o máximo, o mínimo, os mais velhos, o mais novo, o único, os menos culpados, o menos instruído, o principal, etc.

4 - Artista pelo personagem. O Estado não admite que se use o nome do artista pelo personagem que esteja representando no momento. Exemplos: Cuoco morre no fim / Tarcísio Meira casa com Bruna Lombardi.

5 - Atípicos. Há títulos atípicos que podem ser jornalísticos e criativos. Lembre-se, porém, de que são exceção e não a regra: Não, não chega de saudade / A difícil vida fácil / A morte do homem do Brasil / O incrível caso dos encapuzados que atacaram a polícia / Adeus, Joel; bem-vindo, Joel.

6 - Auxiliar. O título auxiliar deve complementar o principal, e não repetir informações nele contidas. Veja alguns exemplos de títulos auxiliares bem-feitos (entre parênteses está o título auxiliar): O templo da segurança nacional abre suas portas a Lula e Covas (Com isso, a ESG rompe um comportamento de décadas) / Vereador paulista renuncia (Câmara triplicou seu salário e ele achou a decisão incorreta) / Museus descobrem fraude (Arte pré-colombiana não passa de obra de artista mexicano). Em contraste, veja um caso em que o título auxiliar repete o principal: Medidas vão reduzir a liquidez (O CMN aprovará amanhã medidas para reduzir o excesso de dinheiro em circulação).

7 -Causa-efeito. Em alguns casos, especialmente nos relativos a fenômenos meteorológicos, acidentes e outros, admite-se o emprego do efeito pela causa em títulos como: Acidentes matam 20 nas rodovias paulistas / Chuva interrompe o trânsito na Anhangüera / Mau tempo adia a rodada do campeonato / Crise impede a viagem do presidente / Frio eleva preço das verduras. / Coração aposenta jogador aos 20 anos.

Evite, no entanto, casos em que essa relação se torne forçada ou ininteligível: Turbina derrubou o avião do ministro / Ferrovia Norte-Sul já prepara canteiro de obras / Meteorologia antecipa jogo do Santos / Junho pode dar o gatilho, diz assessor do ministro.

Eis outros exemplos de títulos pouco inteligíveis do gênero: Contrato perdoa Joãozinho (o jogador foi perdoado porque sua presença era exigida por contrato nos jogos do time) / Tabela abre supermercado ao meio-dia (por causa de uma tabela de última hora, os supermercados só iriam abrir ao meio-dia) / Contracheque solta secretário em Fortaleza (liberação dos contracheques fez que servidores soltassem secretário retido no gabinete dele).

8 - Confusão. Os títulos devem ser claros para não provocar nenhum tipo de confusão no espírito do leitor. Veja os exemplos seguintes: Em comício de Pedro Almeida lança Gomes para a Presidência / Presos acusados de roubo. No primeiro, seria indispensável uma vírgula entre Pedro e Almeida; no segundo, fica a dúvida: presos foram acusados de roubo ou foram presos os acusados de roubo?

9 - Correção. É indispensável nos títulos, para evitar exemplos (reais) como: Pernambuco pede DPF para apurar morte de vereador / São Paulo relaxa e permite Juventus empatar por 2 a 2. / Portos parados ameaçam falta de combustível. / Horário de verão começa 6 de outubro em 12 Estados e no DF. /

10 - Dizer. Não use o verbo (nem declarar e afirmar) para entidades, como em: Eletropaulo diz que contas de luz podem estar erradas.Substitua-o por admite, nega, contesta, etc.

11 - E. Está vetado o uso da conjunção e no início dos títulos, sejam eles principais ou auxiliares: E o governo já admite que vai demitir mais servidores. / As propostas de desapropriação de terras não têm valor jurídico (...) E até a lei do meio ambiente foi desrespeitada. / E a CLT afinal vai mudar.

12 - Encampação. A menos que o jornal as tenha apurado, as informações devem ser atribuídas a alguém e não encampadas nos títulos. Veja os exemplos: Uruguai não está nem um pouco preocupado / A Terra é um organismo vivo / Lucro já não atrai tanto as empresas. / Renato não pensa em ser o artilheiro. Em todos os casos, obviamente havia alguém dizendo o que consta dos exemplos. Os títulos, porém, fazem que as afirmações passem a ser do jornal.

13 - Excesso. Se os títulos muito telegráficos são condenáveis, da mesma forma produzem má impressão os que têm o efeito contrário: excesso de palavras. Veja como a falha fica patente nos exemplos seguintes, em que detalhes absolutamente secundários tiveram de ser incluídos para que o título satisfizesse a contagem exigida: O Brasil é favorito no Torneio de Novos que se inicia hoje em Toulon, na França / Traficante Celsinho da Vila Vintém é preso de madrugada em casa em Padre Miguel / Centro vai ganhar outra rede de varejo, a Luzes Shopping, no local onde ficava a Casa Sloper / Ministério inicia Programa Bom Menino com a presença da primeira-dama do País.

14 - Fato previsto. Mesmo nos fatos previstos, você pode fugir do óbvio. No dia da posse dos governadores, por exemplo, em vez de simplesmente anunciar Governadores tomam posse, há opções como: Governos mudam, ficam as dívidas / Estados falidos dão posse a governadores hoje.

15 - Foi. Evite o uso de foi nos títulos: é ruim e já está subentendido nos casos em que se recorre ao particípio. Veja como ele é totalmente dispensável: (Foi) Aprovada a estatização dos bancos no Peru / (Foi) Iniciada a corrida aos cargos no governo.

16 - Fracos. Há títulos fracos para o que pretendem expressar. Eis alguns exemplos: Vaticano divulga seu balanço / Plenário rejeita proposta do PFL / A decisão final do caso dos tratores. No primeiro caso, havia a informação de que o Vaticano tivera prejuízo no ano anterior; no segundo, não se diz qual é a proposta do PFL; no terceiro, igualmente, não se revela ao leitor em que consiste a decisão final do caso dos tratores.

17 - Futuro do pretérito. O antigo condicional não deve ser empregado nos títulos por transmitir ao leitor idéia de insegurança, eventualidade e falta de convicção: Aids teria sido a causa de chacina em SP / Curto-circuito teria causado o incêndio na Paulista / Excesso de informação causaria estresse. Uma saída é recorrer a palavras como pode, deve, possível, provável, ameaça, espera e outras que contornem a situação. Há um caso, porém, em que se admite o uso do futuro do pretérito. É quando ele formula uma hipótese: Antecipação agradaria aos vereadores / Ex-ministro afirma que reeditar o Plano Cruzado seria até hilariante.

18 - Gerúndio. Evite o gerúndio nos títulos, seja de notícias, seja de reportagens, artigos, comentários, críticas, crônicas, etc. Eis alguns exemplos que mostram não ser essa uma boa fórmula para os títulos: Desenterrando o passado / Cartel de Medellín invadindo o Brasil / Uma cidade refazendo seu passado / Chileno corta pulsos a bordo de avião dizendo-se perseguido / Deputado apresenta relatório propondo 4 anos / Desmistificando a onda de violência. Há sempre uma forma do presente que pode, com vantagem, substituir o gerúndio.

19 - Informações adicionais. Sempre que possível, aproveite bem os sinais do título para dar informações adicionais que o tornem mais claro jornalisticamente ou ajudem a evitar confusões: Gripe Florentina, a que vai e volta, atinge paulistanos / Bethânia (Defesa do Consumidor) pede normas para controle de preços/ Reed, do Citicorp, defende conversão da dívida externa / Santos, o ministro, garante que não pretende renunciar / Gramado, sem encomendas, desativa setor moveleiro / Braga classifica de recuo o controle de preços, já tentado por Simonsen / Edberg, 3º do ranking, é eliminado em Roland Garros / Mordidos demais, carteiros argentinos param trabalho/ Enfarte mata Muskie, ex-secretário de Carter / Banco Atlas, que fez a reestruturação da Acme, compra ações dos sócios minoritários / INPC de março foi de 0,29%, o menor sem congelamentos / Brigitte, irreconhecível, leiloa jóias para proteger animais / Augusto, liberado para voltar ao treinamento, livra-se do corte / Morre o roteirista de "Perdidos na Noite", o filme / Kanu, carrasco do Brasil, está fora do futebol.

20 - Jogo de palavras. Raramente um jogo de palavras se justifica no título; na maior parte das vezes, o que o redator consegue é passar ao leitor frases de gosto altamente duvidoso, como, por exemplo: Preço do sapato aperta consumo / Chegada de Nobel da Paz causa guerra / Minivaca produz maxileite / Crise deixa estaleiros a ver navios / Altamiro: levando o choro na flauta / Em ano eleitoral, metrô paulista entra nos trilhos / Brasileiros abrem olho para o Japão/ Com mil raios! Como é difícil usar o micro nesses temporais... / Presidente digere queixas em jantar / Ferro elétrico passa bem pela recessão / Passada a turbulência, Vasp decola de novo / Inundações levam preço para o brejo / Fábrica da Volks pisa fundo em Resende / Comprador chora com preço da cebola.

21 - Jogo de títulos. Quando fei-

to com critério, o jogo de títulos na

mesma página pode ser uma solução criativa: Edu, o do Palmeiras, vai jogar / Edu, o da Portuguesa, quer descansar.

22 - "Muletas". Nada pior num título, por ficar evidente o recurso, do que palavras utilizadas apenas para esticar a linha. Veja casos em que o um, o seu, o e os artigos definidos ou são redundantes ou não têm nenhuma função na frase: Presidente critica um deputado / Empresa demite os seus funcionários / Corinthians teme o América / O leão foge do circo. Por que um deputado e não deputado, apenas? A empresa poderia demitir outros funcionários que não os seus? Teme, simplesmente, e não já teme. Finalmente, que leão? que circo?

23 - Nome certo. Use sempre o nome da pessoa, da cidade ou da coisa, evitando fórmulas destinadas somente a aumentar o número de sinais do título, como as que se seguem: Despovoamento e marés ameaçam a cidade das gôndolas / Greve de ônibus e metrô deixa a "Cidade Luz" sem transporte / Contundido o "Furacão de Lins" / Chuva arrasa a capital fluminense. / Obras revitalizam a capital da Argentina.

24 - Nomes usuais. Use no título sempre o nome pelo qual a pessoa seja conhecida. Se o jornal utiliza Covas nos títulos, por exemplo, a forma Mário Covas é um desvio da norma e revela apenas que o Mário teve o mero objetivo de completar o número de sinais. Outros exemplos condenáveis: Bill Clinton recebe Boris Yeltsin / Evocada a memória de Tancredo Neves / Leonel Brizola critica a política econômica.

25 - Números agrupados. Evite agrupar números quando o resultado possa confundir ao leitor, como nos casos seguintes: Última prova da temporada decidiu a F-1 17 vezes / Previstas para 1998 30 competições./ Chegam dia 24 16 governadores.

26 - Obscuros. Nunca faça títulos que o leitor não possa identificar de imediato, como: BNDES socorre giro de micro, pequeno e médio (empresário) / Surrealismo, 100, está de volta (movimento ressurge cem anos depois).

27 - Ontem. Não use o advérbio nos títulos, pois se presume que o jornal publique, na quase totalidade, notícias da véspera. Recorra ao presente, que torna o título mais forte: Presidente anuncia acordo com credores (e não: Presidente anunciou ontem acordo com credores) / Santos vence o Guarani (e não: Santos venceu ontem o Guarani).

28 - Opinião. Somente os títulos de editoriais, artigos ou comentários assinados poderão expressar opinião: Imposição do bom senso / Uma decisão desastrosa / O passado condena no Uruguai. Nos demais casos, e especialmente no noticiário, estão vetados títulos desse tipo.

29 - Ordem na frase. A ordem dos termos no título deve ser a mais linear possível. Evite intercalações e inversões violentas, como nos casos seguintes: França discute hoje nos EUA o terror / Prefeitos vão levar ao presidente reivindicações / Marcelo e Igor podem ter esta semana habeas-corpus / Bancos querem negociar com Incra as suas terras. / Santos vence por 2 a 0 a Portuguesa.

30 - Palavras fortes. Há palavras ou construções muito fortes, que dão aos títulos clara idéia de exagero. Fuja de exemplos como: Protestos infernizam a vida de Copacabana / Empresários morrem de medo de novo congelamento / Lei americana enfurece os europeus / Intervenção deixa governador irado.

31 - Pontuação. Aplicam-se aos títulos as mesmas normas de pontuação dos textos comuns: aliás, nos ver-

betes específicos deste manual, dezenas de exemplos são de títulos. Por isso, neste momento, cabem apenas algumas observações:

• Não use os dois-pontos para introduzir retranca ou procedência: França: cresce o número de acidentes / Terras: governo muda a legislação / Caso dos tratores: mais um indiciado.

• Não coloque também a retranca ou procedência no fim do título: Moscou afasta o ministro da Defesa: caso Cessna / Funcionário é baleado dentro do carro: Sergipe.

• Não use vírgula para indicar retranca (caso em que também os dois-pontos estão vetados): Escuta telefônica, delegado procurado / Apartamentos, o ministro vai explicar.

• Não use ponto de interrogação nos títulos. O leitor tem direito a respostas. Dessa forma, estão vetados títulos como: O cacau, a caminho da privatização? / Como cortar 14 bilhões no déficit? / Novo congestionamento na Imigrantes? / Quem paga a conta dessas mordomias?

• Use aspas no título para as palavras que, segundo as normas de redação, vão em itálico ou negrito no texto: Autor renega "Os Homens do Espaço" / Gil grava "Chão de Estrelas" / "Soneca" vai deixar o caso Anastácio. / "Estado" ganha causa no STF.

• Os títulos inteiramente entre aspas estão vetados, a não ser em dois casos: sub-retrancas e títulos auxiliares de entrevistas.

• Em casos especiais, o ponto-e-vírgula pode ser usado para indicar duas informações diferentes contidas no mesmo texto: Governo divulga plano; bolsas caem.

• Finalmente, lembre-se de que estão vetados os títulos com pontos (ressalvados os casos de excepcionalidade, mas sempre com permissão da Direção da Redação). Assim, não use exemplos como: Tiros na mata. Para salvar jacarés / A cidade quer o porto. Mas não a esse preço / Os dois meninos saem a passeio. E não voltam.

32 - Positivos. Sempre que possível, substitua um título com não pela forma positiva (exemplificada entre parênteses): Ator não aceita (rejeita) prêmio / Funcionário não quer (re-cusa) promoção / Lista não inclui (omite, exclui) convocados / Governo diz que não tem (nega) intenção de extinguir conselho / Universidade não encerra (prorroga) inscrições.

33 - Pronome oblíquo. Evite o pronome oblíquo nos títulos, para não dar ao leitor idéia de sofisticação: Escritor inglês ganha ação contra jornal que o difamou / Ladrões esperam família acordar para assaltá-la.

34 - Rebuscamento. É o uso de palavras estranhas ao universo do leitor ou de termos que não sejam os mais simples para expressar determinada situação. Lembre-se de que o título tenta estabelecer comunicação direta com o leitor. Por isso, os vocábulos empregados devem ser, quando possível, os do seu dia-a-dia. Evite, pois, formas como estas: Polícia cala sobre a fuga de 2 mil / Ministro diz que o gatilho de servidor é controverso / Centavo, moeda tão vil que ninguém se abaixa para pegar / Inseto americano mimetiza predador para poder fugir / "Etarra" assassinada / Para senador, PMDB deveria ter sabatinado ministro / Viúva de Allende solicita anistia / OMS não acha importante contabilizar casos de aids / PMDB deseja mudar a Constituição / Mulher de brigadeiro ecoa "revolta silenciosa" / São Paulo põe em campo sua face "yang".

35 - Reduções. Evite reduzir palavras nos títulos, a não ser em casos já consagrados, como soft, micro, máxi, míni e múlti.

36 - Repetições. Determinadas repetições podem dar força aos títulos, quando criteriosas e adequadas à situação descrita: Polícia apura polícia no seqüestro / Governador diz que não disse nada contra o Judiciário / Formas que geram formas / "Eu fico, eu faço" / Ninguém é de ninguém na noite / Artistas convidam artistas para exposição.

Em outros casos, no entanto, elas apenas denotam falta de recursos: Proposta para a dívida não é para já, esclarece a Fazenda / Deputado tira prorrogação de mandato de prefeitos de capitais de relatório / Inflação na UE baixa a seu índice mais baixo em 20 anos / Municípios farão vigília para fazer incluir suas propostas na nova Carta. / Casas inventam atrações para atrair público.

37 - Rimas. Cuidado com as rimas, especialmente em ão, mais notadas pelo som forte: Ministro nega pressão política para demissão / Advogado toma cuidado para não ser incriminado / Barulho na cidade revela insensibilidade.

38 - Sem sujeito. Em alguns casos, a supressão do sujeito não torna o título enigmático e pode ser aceita: Assassinado ao lado do filho menor / Mordido pelo rival / Condenado a 12 anos sem provas.

39 - Sentido completo. Quanto mais informações você der ao leitor, mais o título terá cumprido seu objetivo. Por isso, evite os detalhes supérfluos e procure usar todos os sinais à disposição para que o título diga o máximo. Veja como é possível: Senado aprova e argentinos já têm divórcio / Leão-marinho melhora, come mais e brinca / Acidente com ônibus no Cairo mata 50 crianças / Botafogo joga mal, empata e perde dinheiro / Fábricas de motos dão férias, cortam horas extras e reduzem produção / Flamengo, goleado de novo, vai atrás de Romário / Polícia frustra seqüestro, mata três e resgata reféns / Conde salta 24 pontos em dez dias e assume liderança no Rio / Computador pára, avião cai e 70 morrem no Peru / Aluno mata, fere, se mata e choca a USP.

40 - Sentido incompleto. Evite os títulos que deixam no ar a pergunta o quê?, como nos exemplos seguintes: Ministro admite congelar, após ajuste de preços / Deputado quer saber se funcionário pode acumular. Congelar o quê? Acumular o quê?

41 - Singular pelo plural. Há casos em que se pode usar um termo no singular para designar toda uma classe ou categoria. Exemplos: Greve de servidor termina hoje / Deputado já ganha mais em São Paulo/ Contribuinte paga mais imposto.

Em muitas ocasiões, porém, o uso do singular poderá dar a idéia de que a notícia se refere a uma só pessoa da classe ou categoria e não a toda ela. Veja exemplos reais de títulos que se devem evitar (em todos eles as notícias se referiam à categoria ou a grupos de pessoas): Comissário da Vasp decide manter greve / Passageiro queima ônibus em Itaquera / Camelô dobra os preços de açúcar e sal/ Militar argentino pede anistia ampla/ Marginal quebra e incendeia um automóvel/ Banco dispensa acordo com FMI/ Militar cubano desertou em massa, diz general / Jogador faz greve no Fluminense (era o time todo)/ Motorista de táxi ameaça parar/ Menina brasileira se prostitui no Paraguai/ Apoio de governador vira estigma de candidato (o apoio era dos governadores e o estigma, dos candidatos nos Estados) / Estoque de concessionária supera 100 mil (o número é a soma do estoque de todas as concessionárias do País).

42 - Telegráficos. Evite ao máximo as formas telegráficas constituídas por um substantivo mais uma data ou sigla. Prefira sempre Copa de 94, e não Copa-94, etc. Veja outros exemplos a evitar: Mundial-98, eleições-92, orçamento-SP, déficit-RJ, campanha-89, Campeonato-91, carros GM, etc.

43 - Tempos verbais. Como o presente é usado nos títulos para definir uma ação passada, mas recente (da véspera, em geral), ele só pode referir-se ao futuro quando acompanhado da indicação de tempo: Presidente dos EUA chega amanhã. Estaria errado, porém, dizer que O Brasil volta a negociar com o FMI se essa ação ainda não se tiver iniciado. O correto, então, seria: Brasil voltará a negociar com o FMI. Outro exemplo impreciso: Judeus protestam, mas papa recebe Waldheim. O que se quis dizer: Judeus protestam, mas papa receberá Waldheim.

Quando se localiza uma ação no passado, o tempo usado deverá então ser o pretérito e não o presente (os casos mais comuns são os de balanços ou levantamentos): Abate de bois caiu 8,6% no ano passado / Consumo de combustíveis aumentou 15% em abril / Pedidos de concordata atingiram 150 empresas em janeiro / Indústria demitiu 50 mil até agora / Empresa perdeu US$ 60 milhões no primeiro semestre / Indústria cresceu 8% no segundo semestre / Banqueiro pediu ajuda para tentar evitar intervenção do BC. Abate de bois caiu e não cai; consumo aumentou e não aumenta (a ação está definida no passado); banqueiro pediu (isto é, havia pedido, pediu há dias e não pediu ontem).

44 - Ter. Use o verbo ter nos seus verdadeiros significados, em vez de transformá-lo em mais um curinga dos títulos. Veja exemplos do seu mau emprego: Médicos ingleses têm controvérsias sobre a aids / Crianças têm campanha no colégio sobre eleições / Assassinos de Joana têm 15 anos de cadeia / Fiscais têm 50 denúncias por dia / Senador tem aplauso dos eleitores.

45 - Título-legenda. Alguns títulos podem, em casos excepcionais, funcionar como verdadeiras legendas. É preciso, porém, que a diagramação deixe clara essa condição e as fotos a justifiquem: Veja o que fizeram com Becker / Adivinhe quem passou por aqui / Eis o chefe dos bandidos de capuz.

46 - Tratamento. Apenas em casos especiais, formas de tratamento poderão aparecer nos títulos: As peripécias do sr. ministro / A vida de sir Laurence Olivier / As memórias de madame Claude / Assim será, dr. Tancredo.

Título(s) de ... 1 - Se se tratar de mulher, título de eleitora. 2 - No plural, títulos de eleitor e não títulos de eleitores.

Tiver/estiver, tivesse/estivesse. Não confunda as formas tiver e tivesse, do verbo ter, com estiver e estivesse, do verbo estar. Siga a regra prática: o ter pode ser sempre substituído por haver, e o estar, não. Assim: O jogador vai assinar o contrato segunda-feira, quando o diretor do clube tiver (houver) voltado da Europa. / Se estiver presente à festa, será homenageado. Repare que o haver não pode ser usado no segundo caso. Igualmente: Se tivesse (houvesse) voltado a tempo, o diretor participaria da festa./ Se estivesse insatisfeito com o trabalho, teria dito.

"Tivemos". Ver "temos", "tivemos".

Toca-discos. No singular e plural.

Tocantins. Com artigo: Estado do Tocantins, no Tocantins, o Tocantins.

Todo. Concordância. Embora advérbio, todo (como sinônimo de inteiramente) pode concordar, por atração, com o adjetivo que modifica: Era uma série toda especial. / Os meninos estavam todos nus. / Elas ficaram todas molhadas. Existe, igualmente,

a concordância normal: Era uma série todo especial. / Os meninos estavam todo nus. / Elas ficaram todo molhadas. (Estes dois últimos casos, todo nus e todo molhadas, aparecem muito raramente.)

Todo, todo o. 1 - Siga a norma de que todo, sem artigo, significa um, cada, qualquer, enquanto todo o equivale a inteiro: Trabalho todo dia (cada dia, qualquer dia). / Trabalho todo o dia (o dia inteiro). / Todo homem é mortal (um, qualquer, cada homem). / Retalhou todo o homem (o homem inteiro). / Todo o eleitorado festejou a vitória (o eleitorado inteiro). / Toda nação tem aliados (qualquer nação)./ Toda a nação passava fome (a nação inteira).

Todo-poderoso. Flexões: todo-poderosa, todo-poderosos e todo-poderosas.

"Todos foram unânimes". Redundância. Use Foram unânimes nessa opinião ou Todos apoiaram essa opinião.

Todos os. Todos exige sempre os em frases como: Todos os que quiseram saíram cedo. / Estavam ali todos os que haviam tido problemas com a justiça. / Todos os que viviam na cidade sofriam com a poluição. / Todos os manifestantes foram punidos.

"Todos os dois". Expressão rejeitada pelos gramáticos. Use os dois ou ambos.

Todos os três, todos três. Quando todos antecede um número, usa-se artigo se o número vier acompanhado de substantivo e não se usa artigo se o número estiver isolado: Comprei todos os três romances que você indicou, e já li todos três. / Compareceram à reunião todos os dez membros do conselho. / Estavam animados todos quatro.

Tomar parte em. E não de: Tomou parte na reunião. / Não quis tomar parte no conselho da empresa.

Tomás. Desta forma nos nomes já consagrados pelo uso: Santo Tomás de Aquino. Com h e/ou z, só no caso de a própria pessoa adotar essa grafia.

Tonelada. Ver peso.

Torácico. E não "toráxico".

Tórax. Invariável no plural: os tórax.

Torneios. Três equipes - triangular; quatro - quadrangular; cinco - pentagonal; seis - hexagonal; sete - heptagonal; oito - octogonal.

Tossir. Conjuga-se como cobrir: tusso, tosses; que eu tussa; etc.

Total. Concordância no singular: Um total de 1.500 delegados vai (e não "vão") participar da convenção.

"Trabalhar com a hipótese". Lugar-comum. Não use. Um delegado, um político, etc., podem investigar, considerar, levantar ou levar em conta uma hipótese.

Trabalho, trabalhar. Não use as palavras no lugar de treino e treinar. Constituem jargão de técnico e preparador físico.

Trading company. Pode-se usar trading, apenas. Plural: trading (sem s) companies ou as tradings.

Tráfego/tráfico. Tráfego equivale a trânsito: tráfego congestionado, correntes de tráfego.Tráfico corresponde a comércio ilícito: tráfico de drogas, tráfico de mulheres, tráfico de influência.

"Tragédia mata". Tragédia não mata. Mortes em grande número ou em certas condições é que constituem uma tragédia.

Trair. Conjuga-se como cair.

Trans... Liga-se sem hífen ao termo seguinte: transatlântico, transamazônico, transcaspiano, transinduísmo, transoceânico, transrenano, transuraniano. No caso de a segunda palavra começar com s, ocorre a fusão: transaariano (através do Saara), transiberiano, transudar.

Transplantado. É o órgão, não o paciente. Use, portanto: O fígado transplantado. Mas não: O "transplantado" teve alta ontem. / A menina "transplantada" passa bem. Opção: O paciente do transplante teve alta ontem.

Trás. Com preposições, use trás e não atrás: Andou para trás. / Saiu de trás do carro. / Veio por trás.

Trás, traz. Trás - atrás (Ficou para trás./ Veio de trás. / Saiu por trás.); traz - flexão do verbo trazer (O filme lhe traz muitas lembranças).

Trasladar. Prefira trasladar e trasladação a transladar e transladação.

Tratamento (formas). 1 - Abrevie sempre as formas de tratamento, sejam elas simples, como sr., dr. ou d. (dom e dona), ou cerimoniosas, como S. Exa., V. Sa., etc. (ver, quanto ao uso, os verbetes dom, dona, doutor e senhor).

2 - Ao se dirigir ao leitor, chame-o de você.

3 - Em entrevistas de perguntas e respostas, use você para artistas, esportistas, crianças, etc., e o sr. para pessoas de idade, autoridades, políticos, empresários e membros da administração pública.

4 - O texto jornalístico só comporta formas cerimoniosas de tratamento em editoriais, artigos e matérias especiais ou na reprodução de declarações e documentos. Jamais no noticiário.

5 - As formas simples e suas abreviaturas devem ser escritas com inicial minúscula: doutor (dr.), senhor (sr.), dom (d.) e dona (d.). Nas formas cerimoniosas, use inicial maiúscula: Vossa Excelência (V. Exa.), Sua Senhoria (S. Sa.), Vossa Eminência (V. Ema.).

6 - Modo de usar. As formas de tratamento com Vossa designam a pessoa a quem se fala, isto é, fazem parte de diálogos: Tenho todo o respeito por Vossa Alteza. / Vossa Excelência agiu mal. As formas com Sua indicam a pessoa de quem se fala (ausente em geral): Traga a roupa de Sua Eminência. / Não é o comportamento adequado a Sua Senhoria.

7 - Concordância. a) Verbal. Usa-se sempre a terceira pessoa, tanto no singular como no plural: Vossa Excelência faz falta no Congresso. / Vossas Senhorias estão descontentes, por quê? / Sua Santidade chegou cedo ao estádio. / Suas Majestades não virão mais hoje. b) Nominal. O adjetivo concorda com o sexo da pessoa identificada pela forma de tratamento: Vossa Alteza é poderoso (rei). / Vossa Alteza é delicada (rainha). / Vossa Excelência está enganado (homem). / Vossa Excelência chegou atrasada (mulher). / Suas Senhorias foram indicados (homens) ou indicadas (mulheres).

8 - Nas abreviaturas, apenas o segundo elemento se flexiona: V. Exas., S. Sas.

9 - Eis algumas formas de tratamento, suas abreviaturas e os cargos que identificam: Sua ou Vossa Alteza (S. A. ou V. A.): príncipes, arquiduques e duques. Sua ou Vossa Eminência (S. Ema. ou V. Ema.): cardeais. Sua ou Vossa Excelência (S. Exa. ou V. Exa.): presidente da República, ministros, governadores, prefeitos, parlamentares, juízes, autoridades diplomáticas e pessoas de alta categoria, em geral. Sua ou Vossa Excelência Reverendíssima (S. Exa. Revma. ou V. Exa. Revma.): bispos e arcebispos. Sua ou Vossa Magnificência: reitores de universidades. Usa-se ainda o tratamento Magnífico Reitor. Sua ou Vossa Majestade (S. M. ou V. M.): reis e imperadores. Sua ou Vossa Reverendíssima (S. Revma. ou V. Revma.): sacerdotes em geral. Sua ou Vossa Santidade (S. S. ou V. S.): o papa. Sua ou Vossa Senhoria (S. Sa. ou V. Sa.): funcionários graduados, pessoas de cerimônia e oficiais até coronel. Meritíssimo: para juízes (mas nunca meretíssimo).

"Tratam-se de". O certo é trata-se de em frases como: Trata-se (e não "tratam-se") dos homens mais ricos do mundo. / Trata-se dos Estados mais populosos do País. Não existe a passiva pessoal com verbos transitivos indiretos.

"Tratativa". Palavra vetada. Use acordo ou negociação.

Travessão. 1 - É usado para intercalar uma expressão explicativa ou complementar no período, equivalendo, conforme o caso, a vírgulas ou parênteses: O uso de atores conhecidos - geralmente homens maduros - é outra distorção. / Também para o contribuinte individual - autônomo, empregador e desempregado - é cada vez mais difícil recolher a taxa. / O governador de Goiás - o Estado mais afetado pela medida - recusou-se a falar à imprensa.

2 - Substitui os dois-pontos: Eram assim seus dias - muito trabalho, pouco descanso. / Eis o autor das denúncias - o próprio ministro.

3 - Introduz uma pausa mais forte no período ou destaca a parte final de um enunciado: Uma noite com Chico - e Caetano. / Estava estudando a vida de Átila - ele mesmo, o rei dos hunos. / O cineasta atacou a platéia de " intelectuais adultos" - suposta nata da crítica mundial.

4 - Liga palavras ou grupos distintos de palavras que não formam um terceiro significado. Isto é, não existe um conjunto semântico, como nas palavras compostas, mas apenas encadeamentos do tipo dos que se se-

guem (neste caso não se emprega o hífen, mas o travessão): A estrada São Paulo-Curitiba. / O sistema Anchieta-Imigrantes. / A linha Rio-Nova York. / A ponte Rio-Niterói. / Os entendimentos Brasil-Argentina. / O trajeto Vila Madalena-Vila Prudente. / A passagem Rio-São Paulo. / A harmonia carro-pedestre./ O diálogo governo-supermercados. / O ciclo vigília-sono. / O encontro Clinton-Yeltsin. / Associação adjetivo-substantivo. / A rivalidade Palmeiras-Corinthians. / O corredor 9 de Julho-Santo Amaro. / Foguete terra-ar. / O antagonismo capital-trabalho.

O hífen formaria uma palavra composta, quando o que se tem, nos casos citados, é uma cadeia vocabular.

5 - Separa as datas de nascimento e morte de uma pessoa: São Paulo, 1905 - Rio de Janeiro, 1960.

6 - É o sinal usado pelo Estado depois do nome da cidade de procedência de uma notícia: BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal julgou ontem...

7 - Se o segundo travessão coincidir com uma vírgula, usam-se os dois sinais: Depois de ter quitado 24 prestações, de um total de 50 - a última foi de R$ 589,20 -, o mutuário tentou transferir... / Essa mensagem do jornal, publicada na edição de novembro - especial, com 20 pági- nas -, já indicava a disposição...

8 - Jamais coloque mais de dois travessões no mesmo período, como no caso seguinte, para não confundir o leitor: Essa prática - que privilegia o filho mais velho - é muito antiga e a Bíblia dá um exemplo - o de Esaú e Jacó - em que o primeiro vendeu o direito de primogenitura - e por um prato de lentilhas.

9 - Indique os diálogos com travessão, como no exemplo da nota abaixo: O porta-voz Sérgio Amaral ostentava uma gravata estampada de zebrinhas ao embarcar para a China na comitiva presidencial. - O senhor está levando a zebra embora, embaixador? - brincou um repórter.

O assessor não perdeu a oportunidade de fazer ironia: - Não, esta é só enfeite. A zebra estou deixando aqui.

10 - Não recorra ao travessão, porém (e sim à virgula), para isolar os verbos de uma declaração: "Todos nós", prosseguiu, "temos consciência dos problemas do País." E não: "Todos nós" - prosseguiu - "temos consciência dos problemas do País." Outro exemplo: Com essa medida, garantiu o presidente, seria possível apressar a votação. E não: Com essa medida - garantiu o presidente - seria possível apressar a votação.

11 - Nos chapéus, títulos, olhos, janelas e legendas, use o hífen, em vez do travessão, muito longo nos corpos maiores.

12 - Ver outros exemplos do uso do travessão nos diálogos em declarações textuais.

Traz. Ver trás, traz.

Trazer. Conjugação. Pres. ind.: Trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem. Pret. perf. ind.: Trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram. M.-q.-perf. ind.: Trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, trouxéreis, trouxeram. Fut. pres.: Trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão. Fut. pret.: Traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam. Pres. subj.: Traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam. Imp. subj.: Trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem. Imper. afirm.: Traze, traga, tragamos, trazei, tragam. Imper. neg.: Não tragas, não traga, não tragamos, não tragais, não tragam. Os demais tempos são regulares.

Trema. 1 - É obrigatório sempre que o u colocado entre um g ou q e um e ou i for pronunciado: conseqüência, eloqüente, eqüino, cinqüenta, tranqüilidade, agüentar, averigüei, lingüiça, lingüística, etc. 2 - Não existe trema antes de a e o: míngua, adequado, exíguo, aquoso. 3 - Quando uma palavra puder ser usada com e sem trema, prefira a forma sem o sinal: sanguíneo, liquidificador, Antiguidade, etc.

Três-dormitórios. Com hífen quando designa o tipo de apartamento: Comprou um três-dormitórios. Mas: Era um apartamento de três dormitórios.

Três-estrelas. Ver estrelas.

"Tri". Nunca use no lugar de trilhão.

Tribunais. Veja os nomes corretos:

Supremo Tribunal Federal (STF),

Superior Tribunal de Justiça (STJ),

Tribunal Regional Federal (TRF),

Tribunal Superior do Trabalho (TST),

Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Tribunal Superior Eleitoral (TSE),

Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Superior Tribunal Militar (STM),

Tribunal de Contas da União (TCU),

Tribunal de Contas do Estado (TCE), Tribunal de Contas do Município (TCM), Tribunal de Justiça (TJ) e Tribunal de Alçada.

Trilhão. Concordância. Ver milhão, milhar.

Trimensal, trimestral. Trimensal - que ocorre três vezes por mês; trimestral - que ocorre a cada três meses, que dura três meses.

Trineto. Ver bisneto, trineto, tetraneto.

Trisavô. Ver bisavô, trisavô, tetravô.

Troca de farpas. Modismo. Evite.

Troféu. Com inicial maiúscula antes do nome que determina: Troféu Brasil, Troféu União. Minúsculas, porém, na

segunda referência: o troféu, esse troféu, conquistou o troféu.

Trólebus. Sem i e com acento. Assim também trole.

Tudo. Quando sintetiza uma enumeração, responde pela concordância da frase: Vinhos, mulheres, dinheiro, tudo concorreu para a sua perdição.

Tudo a ver. E nunca "tudo haver". O melhor, porém, é tudo que ver: Essa roupa tem tudo a ver (ou que ver) com você.

Tudo de. Concordância. Ver alguma coisa de.

Tudo o mais. E não "todo o mais" ou "tudo mais".

Tudo (o) que. Existem as duas formas, tudo que e tudo o que: Deu à família tudo o que estava ao seu alcance. / Fez pelo país tudo que pôde. / Conseguiu tudo (o) que queria.

Tupiniquim. Como sinônimo de brasileiro, tem sentido depreciativo e já desgastado.

Turbo... Liga-se sem hífen ao termo seguinte, eliminando-se o h e duplicando-se o r e o s: turboacionado, turboelétrico, turboélice, turbojato, turborreator.

Turco... Liga-se com hífen ao elemento seguinte na formação de adjetivos pátrios: turco-asiático, turco-soviético. Nos demais compostos: turcofilia, turcomano.

TV. Ver televisão.

Tzar. Prefira czar e seus derivados, como czarista.