
23 de agosto de 2012 | 11h21
Já em temporada no Rio, o espetáculo será encenado de quinta a domingo, às 20h, de graça, no Itaú Cultural. Com presença confirmada nas duas primeiras sessões, Sérgio Ricardo, de 80 anos, ficou estigmatizado por ter quebrado seu violão e o jogado na plateia, irritado com as vaias em apresentação no Festival de MPB da TV Record, em 67.
O musical transpõe para a ficção um episódio ocorrido em 1977, em plena ditadura militar. Com apoio da Igreja Católica, de juristas, da imprensa e da sociedade carioca, a pressão dos moradores impediu que os barracos do Morro do Vidigal fossem demolidos pelo governo. A justificativa oficial era que a favela poderia desabar por estar em área de risco, mas o que causou a comoção, na época, foi a descoberta de que, na verdade, o terreno era alvo da especulação imobiliária.
Ricardo havia se mudado para o Vidigal, onde morou por dois anos, com o objetivo de pesquisar para um filme, e se engajou na luta. "Essa experiência resultou em uma verdadeira transformação no morro. Todos começaram a se solidarizar e descobriram que a força da união é o mais importante que podemos ter na vida."
Com direção de Guti Fraga, criador do grupo, a peça conta com 21 atores, a maioria da comunidade. O sonho do diretor é poder voltar a São Paulo para apresentá-la nos CEUs (Centros Educacionais Unificados) da cidade. As informações são do Jornal da Tarde.
BANDEIRA DE RETALHOS
Itaú Cultural (Av. Paulista, 149 - próximo à estação Brigadeiro do metrô). Tel. (011) 2168-1776. De quinta a domingo, às 20h. Grátis (retirar o ingresso meia hora antes). Classificação: 18 anos.
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