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50% de prontos-socorros de SP têm paciente no corredor

Por Fernanda Bassette
Atualização:

Fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) apontou que mais da metade dos 71 prontos-socorros públicos (23 na capital e 48 em 35 municípios do interior) avaliados tem pacientes em macas nos corredores, não consegue transferir doentes para serviços de referência, está com equipes médicas incompletas e não conta com chefia de plantão.O levantamento também mostra que quase 30% dos prontos-socorros possuem salas de emergência inadequadas. Um dos problemas é a falta de pelo menos um item na lista de matéria de uso permanente, como marca-passos externos e jogos de pinça.Segundo Renato Azevedo Jr., presidente do Cremesp, o levantamento apontou a deficiência nos serviços e a desassistência aos pacientes. "Os serviços de urgência e emergência são um grande problema de saúde pública. Nós responsabilizamos as secretarias municipais, estadual e o Ministério da Saúde pela falta de financiamento adequado", disse.O médico Bráulio Luna Filho, conselheiro do Cremesp, afirma que há pacientes morrendo por causa da precariedade do serviço. "Há gente morrendo, sem dúvida. Muitas pessoas deveriam receber um atendimento prioritário e não recebem, não há recursos técnicos necessários, falta infraestrutura para exames. O atendimento é postergado. A população não tem alternativa."Os resultados da fiscalização serão encaminhados ao Ministério da Saúde, à Secretário de Estado da Saúde e às secretarias municipais.

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